Funcionalidade do paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica e técnicas de conservação de energia

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Pneumologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-12

RESUMO

A doença pulmonar obstrutiva crônica é progressiva, debilitante e diagnosticada após longa história de piora gradual. A dispnéia é o sintoma que mais interfere na execução das atividades profissionais, familiares, sociais e da vida diária dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, levando-os ao sedentarismo e à queda na qualidade de vida. O objetivo deste artigo é abordar as limitações funcionais a que esses pacientes estão sujeitos, durante a realização de suas atividades da vida diária, e orientações para que os profissionais da saúde possam cuidar desses pacientes a fim de que obtenham uma maior funcionalidade. As orientações sobre o uso das técnicas de conservação de energia vêm sendo utilizadas nos programas de reabilitação pulmonar e também deveriam ser difundidas nos ambulatórios e hospitais. As atividades funcionais humanas envolvem as pernas e os braços, sendo estes últimos utilizados extensivamente para realizar atividades simples e complexas do cotidiano. Alguns estudos mostraram que os exercícios de braço não sustentados causam assincronia toracoabdominal e dispnéia em tempo mais curto e com menor consumo de oxigênio quando comparados com os exercícios de pernas. Tarefas simples podem apresentar consumo de oxigênio e ventilação minuto altos, justificando a sensação de dispnéia relatada pelos pacientes. Devido a isso, é conveniente adotar uma avaliação do impacto da incapacidade sobre a vida diária dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. São discutidas e indicadas as técnicas de conservação de energia apropriadas como ferramenta para minimizar o desconforto desses pacientes.

ASSUNTO(S)

doença pulmonar obstrutiva crônica atividades cotidianas metabolismo energético analise e desempenho de tarefas

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