Função Diastólica em Crianças com Marca-Passo com Defeitos Cardíacos: Septo vs. Ápice

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-08

RESUMO

Resumo Em crianças com doença cardíaca congênita (DCC) estrutural, os efeitos da estimulação ventricular crônica sobre a função diastólica não são bem conhecidos. Por outro lado, o efeito benéfico da estimulação do septo sobre a estimulação apical ainda é controversa. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do local diferente da estimulação do ventrículo direito (VD) sobre a função diastólica do ventrículo esquerdo (VE) em crianças com defeitos cardíacos. Vinte e nove pacientes pediátricos com bloqueio atrioventricular total (BAVT) e DCC submetidos a marca‑passo permanente foram estudados prospectivamente. Os locais do marca-passo foram o ápice do VD (n = 16) e septo do VD (n = 13). Avaliação ecocardiográfica foi realizada antes e após o implante do marca-passo, durante um tempo médio de acompanhamento de 4,9 anos. Em comparação com o septo do VD, a onda E transmitral foi significativamente afetada na estimulação apical do VD (95,38 ± 9,19 vs. 83 ± 18,75, p = 0,038). Da mesma forma, os parâmetros no Doppler tecidual (TDI) do anel lateral foram significativamente afetados em crianças estimuladas no ápice do VD. A onda E’ mostrou-se inversamente correlacionada com o índice de desempenho miocárdico lateral do TDI (índice de Tei) (R2 = 0,9849, p ≤ 0,001). A estimulação a partir do ápice do VD (odds ratio, OR, 0,648; intervalo de confiança, 0,067-0,652; p = 0,003) e o índice de Tei do TDI lateral (OR, 31,21; intervalo de confiança, 54,6-177,4; p = 0,025) previu a função diastólica do VE significativamente diminuída. Dos dois locais estudados, o septo do VD impede a redução induzida por estimulação da função diastólica do VE.

ASSUNTO(S)

cardiopatias congênitas função ventricular direita função ventricular esquerda criança marca-passo artificial

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