Função auditiva após terapia com beta-histina em pacientes com doença de Ménière

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-10

RESUMO

Resumo Introdução: Prevenir ou reverter a perda auditiva é um desafio na doença de Ménière. A betahistina, um agonista de histamina, tem sido testada no controle de vertigem em pacientes com doença de Ménière, mas sua eficácia em problemas de audição ainda não é conhecida. Objetivo: Analisar o efeito da betahistina na função auditiva em pacientes com doença de Ménière não tratados previamente, e definir possíveis contribuintes a esse respeito. Método: Um total de 200 pacientes sem tratamento prévio, e com diagnóstico definido de doença de Ménière unilateral, recebeu beta-histina por via oral (dose inicial de 16 mg três vezes ao dia; dose de manutenção de 24-48 mg por dia, em doses divididas). Alterações dolimiar auditivo antes e após seis meses de tratamento foram documentadas. Considerou-se como perda auditiva uma média do nível de audição > 25 dB NA em cinco frequências. Resultados: A média de duração da doença foi de 3,37 anos. Seis meses após o tratamento, a média do limiar auditivo diminuiu em 6,35 dB, em comparação com o valor da linha de base (p < 0,001). Tanto a idade dos pacientes quanto a duração da doença apresentaram correlação negativa com a melhora da função auditiva. A perda auditiva após o tratamento foi independentemente associada à idade, ao nível inicial de audição e à cronicidade da doença. Os pontos de corte ótimos correspondentes para prever uma perda auditiva persistente seis meses após o tratamento foram 47 anos, 38 dB HL e 1,4 ano, respectivamente. Conclusão: A betahistina oral foi significantemente eficaz na prevenção/reversão da deterioração auditiva em pacientes com doença de Ménière. Idade, nível de audição na admissão e duração da doença foram fatores preditivos independentes da condição auditiva após o tratamento.

ASSUNTO(S)

tratamento mÉdico doenÇa de mÉniÈre perda de audiÇÃo prognÓstico

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