Full and deficit irrigation in different phenological stages of the sunflower cultivation in the Ceara semiarid. / IrrigaÃÃo plena e com dÃficit em diferentes estÃdios fenolÃgicos da cultura do girassol no semiÃrido cearense

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/02/2012

RESUMO

As culturas agrÃcolas apresentam estÃdios fenolÃgicos de menor suscetibilidade ao dÃficit hÃdrico do solo, nos quais a estratÃgia de manejo da irrigaÃÃo deficitÃria pode ser empregada, no intuito de maximizar a produÃÃo por unidade de Ãgua aplicada. Assim, objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar as respostas da cultura do girassol a irrigaÃÃo plena e a diferentes regimes de dÃficit hÃdrico durante seus estÃdios fenolÃgicos, visando reunir informaÃÃes que permitam diagnosticar a viabilidade tÃcnica da aplicaÃÃo da irrigaÃÃo deficitÃria na cultura, para as condiÃÃes do semiÃrido cearense. Em campo, o experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Vale do Curu, em Pentecoste â CE, sob delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetiÃÃes e oito tratamentos, definidos em funÃÃo da Ãpoca de induÃÃo do dÃficit hÃdrico nos trÃs estÃdios fenolÃgicos do girassol (vegetativo, floraÃÃo e formaÃÃo da produÃÃo), correspondendo à ocorrÃncia de dÃficit hÃdrico em um, dois ou trÃs estÃdios. O dÃficit correspondeu à aplicaÃÃo da metade da lÃmina de irrigaÃÃo do tratamento sem dÃficit hÃdrico. Foram procedidos todos os tratos culturais e fitossanitÃrios necessÃrios. Para se mensurar os efeitos dos tratamentos foram avaliadas ao tÃrmino de cada estÃdio fenolÃgico Ãs seguintes variÃveis: temperatura foliar, taxas de fotossÃntese, transpiraÃÃo, condutÃncia estomÃtica, concentraÃÃo interna de CO2, eficiÃncias instantÃneas e intrÃnsecas de uso da Ãgua, altura da planta, nÃmero de folhas, diÃmetro do caule, Ãrea foliar, produÃÃo de fitomassa seca dos constituintes da parte aÃrea (caule, folha, pecÃolo e capÃtulo) e a participaÃÃo de cada um deles em relaÃÃo à produÃÃo de fitomassa seca total (partiÃÃo). Por ocasiÃo da colheita, avaliaram-se os componentes de produÃÃo (diÃmetro do capÃtulo, massa de 1.000 aquÃnios e os teores de Ãleo e de proteÃnas), os rendimentos potenciais de produÃÃo de aquÃnios, Ãleo e proteÃnas, e os Ãndices de eficiÃncia de uso da Ãgua em produzir aquÃnios, Ãleo e proteÃnas. As variÃveis foram submetidas à anÃlise estatÃstica realizando-se anÃlise de variÃncia (Teste F) e Teste de Tukey para comparaÃÃo de mÃdias. Determinaram-se, ainda, os coeficientes de sensibilidade ao dÃficit hÃdrico (KY) nos estÃdios isolados e no ciclo total da cultura, atravÃs da relaÃÃo entre a queda de rendimento relativo e o dÃficit de evapotranspiraÃÃo relativa. Os resultados mostraram que a temperatura foliar e as trocas gasosas, nÃo mostraram efeitos do nÃvel dÃficit hÃdrico avaliado, independentemente da Ãpoca em que os mesmos foram aplicados. As Ãpocas de avaliaÃÃo influenciaram todas as variÃveis relacionadas Ãs trocas gasosas, com exceÃÃo da eficiÃncia intrÃnseca de uso da Ãgua. A altura da planta, o nÃmero de folhas e o diÃmetro do caule foram negativamente afetados pelos efeitos isolados dos dÃficits de irrigaÃÃo e das Ãpocas de avaliaÃÃo. Os dÃficits de irrigaÃÃo e as Ãpocas de avaliaÃÃo interagiram e afetaram a Ãrea foliar, a massa seca da folha, do pecÃolo, do caule, do capÃtulo e a total. Os dÃficits de irrigaÃÃo nÃo modificaram a partiÃÃo de fitomassa. Foram observadas modificaÃÃes no diÃmetro dos capÃtulos, na massa de mil aquÃnios, no teor de Ãleo dos aquÃnios, no potencial de produÃÃo de aquÃnios, Ãleo e proteÃna, e na eficiÃncia de uso da Ãgua na produÃÃo de aquÃnios e Ãleo nos dÃficits hÃdricos aplicados. A estratÃgia de manejo da irrigaÃÃo com dÃficit durante os estÃdios vegetativo e de floraÃÃo do girassol contribuiu para a obtenÃÃo de um potencial de produÃÃo de aquÃnios na cultura em um nÃvel equiparado ao alcanÃado no cultivo sem dÃficit hÃdrico durante toda a estaÃÃo de crescimento. Independentemente da fase fenolÃgica, o dÃficit hÃdrico exerceu efeito benÃfico na eficiÃncia de uso da Ãgua na produÃÃo de aquÃnios. A incidÃncia de dÃficit hÃdrico durante o estÃdio de floraÃÃo foi mais vantajosa para a eficiÃncia de uso da Ãgua na produÃÃo de Ãleo, do que em qualquer outra fase, e nÃo influenciou a eficiÃncia de uso da Ãgua na produÃÃo de proteÃna, independentemente da etapa fenolÃgica em que esse ocorreu. A sensibilidade ao dÃficit hÃdrico, quantificada mediante o coeficiente de sensibilidade ao dÃficit hÃdrico (KY) variou na seguinte ordem decrescente: formaÃÃo da produÃÃo, vegetativo e floraÃÃo, para dÃficit aplicado em apenas um estÃdio fenolÃgico. Para as condiÃÃes de dÃficit em dois estÃdios, o coeficiente KY indicou que a insuficiÃncia de Ãgua exerce maior impacto sobre o rendimento de aquÃnios do girassol quando ocorre simultaneamente nos estÃdios vegetativo e de formaÃÃo da produÃÃo. Como os valores de KY foram inferiores a 1 em todos os estÃdios, conclui-se que a cultura demonstrou uma baixa sensibilidade aos dÃficits hÃdricos aplicados, mostrando-se, portanto, adaptÃvel à prÃtica da irrigaÃÃo com dÃficit durante todo o seu ciclo.

ASSUNTO(S)

engenharia de agua e solo helliantus annuus l. restriÃÃo de Ãgua desempenho agronÃmico ky otimizaÃÃo da irrigaÃÃo helliantus annuus l. restriction of water agronomic performance ky irrigation optimization. girassol - irrigaÃÃo girassol - cultivo Ãgua - uso

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