Freqüência e percentual de suscetibilidade de bactérias isoladas em pacientes atendidos na unidade de terapia intensiva do Hospital Geral de Fortaleza
AUTOR(ES)
Menezes, Everardo Albuquerque, Sá, Kélvia Miranda, Cunha, Francisco Afrânio, Ângelo, Maria Rozellê Ferreira, Oliveira, Inácio Regis Nascimento, Salviano, Maria Núbia Cavalcante
FONTE
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-06
RESUMO
INTRODUÇAO: As infecções hospitalares, hoje, são motivo de grande preocupação no âmbito hospitalar, principalmente nas unidades de terapia intensiva (UTIs), nas quais encontramos uma associação de fatores propícios ao surgimento de infecções. Objetivos: Verificar a freqüência e o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos das bactérias isoladas de pacientes da UTI do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). MATERIAL E MÉTODOS: As bactérias foram isoladas em meio de cultura e a identificação e o teste de suscetibilidade aos antimicrobianos realizados por meio do sistema de automação MicroScan WalkWay. RESULTADOS: No período de janeiro a dezembro de 2002 houve 34% de positividade de bactérias no aspirado traqueal de pacientes da UTI; 10% de positividade no cateter; 26% de positividade na urina; e 30% de positividade no sangue. As bactérias mais freqüentes do aspirado traqueal foram Pseudomonas aeruginosa (16%) e Klebsiella pneumoniae (15%). Em cateteres, houve maior freqüência de Staphylococcus coagulase negativa (SCN) (25%) e Staphylococcus aureus (25%); na urina, predominaram Klebsiella pneumoniae (16%) e Pseudomonas aeruginosa (14%). Em hemoculturas, as bactérias mais isoladas foram SCN (41%) e Staphylococcus aureus (17%). Foi observado, em relação ao perfil de suscetibilidade, que as Pseudomonas aeruginosa isoladas de aspirado traqueal apresentaram total suscetibilidade à piperacilina e resistência total à ceftriaxona e à cefotaxima. A Klebsiella pneumoniae isolada de aspirados traqueais foi totalmente sensível ao imipenem, não apresentando resistência total a nenhum antimicrobiano testado, e apresentou suscetibilidade de 54% à ceftazidima. Em cateter ela apresentou resistência a ampicilina/sulbactam, cefepima, cefotaxima, ceftazidima, ceftriaxona, cefuroxima, gentamicina, piperacilina/tazobactam, piperacilina, ticarcilina/clavulanato e tobramicina, bem como suscetibilidade ao imipenem. Na urina, observamos 55% de suscetibilidade para ciprofloxacina. Os S. aureus e SCN foram isolados principalmente do cateter, sendo suscetíveis à vancomicina (100%). CONCLUSÃO: Os patógenos que mais causaram infecções na UTI do HGF foram Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, S aureus e SCN.
ASSUNTO(S)
infecções hospitalares resistência bacteriana unidade de terapia intensiva
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