Frequencia de parada cardiaca intraoperatoria e sobrevida no medio prazo
AUTOR(ES)
Sebbag, Ilana, Carmona, Maria Jose Carvalho, Gonzalez, Maria Margarita Castro, Alcantara, Hermes Marcel, Lelis, Rolison Gustavo Bravo, Toledo, Flavia de Oliveira, Aranha, Gustavo Fabio, Nuzzi, Rafael Ximenes do Prado, Auler Junior, Jose Otavio Costa
FONTE
Sao Paulo Med. J.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: Apesar de avanços nas técnicas cirúrgicas e anestésicas terem reduzido a morbimortalidade perioperatória, a taxa de sobrevivência após parada cardíaca (PC) permanece baixa. O objetivo deste estudo foi avaliar, ao longo de um ano, a incidência de PC intraoperatória e de sobrevida por 30 dias após esse evento em um hospital terciário de ensino. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo de coorte prospectivo em hospital terci ário de ensino. MÉTODOS: Após aprovação pela Comissão de Ética institucional, os procedimentos anestésicos e os casos de PC intraoperatórios foram avaliados no período de janeiro a dezembro de 2007, excluindo-se pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. Os dados foram coletados prospectivamente utilizando o modelo Utstein modificado, com avaliação dos dados demográficos, das condições pré-PC, dos cuidados intraoperatórios e durante a PC e do desfecho pós-operatório até o trigésimo dia. Os dados foram registrados pelo anestesiologista assistente. RESULTADOS: Durante o per íodo de estudo, 40.379 procedimentos anestésicos foram realizados, com ocorrência de 52 casos de PC intraoperatória (frequência de 13:10000). Entre estes, 69% apresentaram retorno da circulação espontânea após a primeira parada e apenas 25% sobreviveram 30 dias após o evento. Os seguintes fatores foram associados com menor sobrevida: estado físico IV e V (Sociedade Americana de Anestesiologia), cirurgias de emergência, eventos hemorrágicos, hipovolemia como causa da parada e uso de atropina durante a reanimação. CONCLUSÕES: Embora a frequência de PC no ambiente cirúrgico tenha caído e existam recursos para seu atendimento, a taxa de sobrevivência é baixa. Fatores relacionados a pior prognóstico são mais frequentes em pacientes graves.
ASSUNTO(S)
complicacoes intra-operatorias parada cardiaca ressuscitacao cardiopulmonar circulacao sanguinea taxa de sobrevida
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