Frequência de eventos secos e chuvosos extremos mensais no Norte e Nordeste do Brasil e suas tendências no século XXI usando SPI / Frequency of monthly extreme dry and wet events in the North and Northeast of Brazil and theirs trends in the XXI century using SPI

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/03/2011

RESUMO

Analisaram-se as frequências e tendências de eventos secos e chuvosos severos e extremos no Norte e Nordeste do Brasil no século passado, usando dados de precipitação do GPCC (Global Precipitation Climatology Centre) e do modelo ECHAM5 na rodada 20C e projeções para o século XXI deste mesmo modelo em dois cenários distintos, um mais pessimista (A2) e um intermediário (A1B). As frequências dos diferentes eventos secos e chuvosos foram obtidas através do Índice de Precipitação Normalizada (SPI) nas escalas 3, 6 e 12 meses. Foi feita uma análise sazonal da variabilidade espacial das frequências e intensidades destes eventos, assim como as tendências seculares dos SPIs 3, 6 e 12, para todos os 4 conjuntos de dados. O modelo ECHAM5 não conseguiu reproduzir bem as precipitações médias anuais quando comparado à climatologia das observações obtidas pelo GPCC. O viés das precipitações médias anuais variou de -1 a 1 na maior parte da região, e chegou a 4 vezes no Nordeste. As intensidades médias dos eventos de seca e de chuva foram inversamente proporcionais a escala de tempo do SPI. As maiores frequências dos eventos severos e extremos de seca e de chuva, em todos os conjuntos de dados, ocorreram no inverno e na primavera. A tendência desses eventos mostrou-se bastante similar para os SPIs 3, 6 e 12, mas apresentaram diferenças entre os dois conjuntos de dados analisados. A década de 90, segundo o GPCC, apresentou elevada frequência de eventos severos e extremos de seca, que não foi observada na rodada 20C do ECHAM5. No século XXI os eventos severos e extremos de seca e chuva apresentam comportamento similar ao século XX. Apesar do cenário A2 ser mais pessimista em relação ao A1B, ele apresentou uma menor frequência de eventos severos e extremos de chuva. Ambos os cenários indicam uma tendência significativa de decréscimo na ocorrência dos eventos severos e extremos em grande parte da região Amazônica e no litoral do Nordeste e tendências positivas no noroeste e sudeste da Amazônia.

ASSUNTO(S)

ìndice de precipitação normalizada (spi) norte nordeste brasil tendências standar precipitation index (spi) north northeast brazil trends

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