Frequência de enteroparasitos e de soropositividade para Toxocara spp. em crianças de uma creche pública do Sul do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-06

RESUMO

Resumo Introdução As creches desempenham um importante papel social na educação e desenvolvimento inicial das crianças. O objetivo deste estudo foi investigar a frequência de infecções parasitárias intestinais, além de infecção por Toxocara spp. em crianças de uma creche na cidade do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Métodos: Para o estudo, foram coletadas amostras fecais de 50 crianças de três a seis anos, analisadas pelas técnicas de Ritchie, Faust, Rugai e Kinyoun, sendo aplicado um questionário epidemiológico fechado e estruturado aos pais/responsáveis das crianças. Também foi realizada uma pesquisa sorológica de anticorpos para Toxocara spp. em 41 crianças, pelo ensaio imunoenzimático, associado ao antígeno de excreção e secreção (ES), com soros pré-adsorvidos com antígeno somático de Ascaris lumbricoides. Resultados: A frequência de enteroparasitos foi de 18%, enquanto que 43.9% das crianças foram soropositivas para Toxocara spp.. Baixa renda familiar e baixo nível de alfabetização dos pais/responsáveis foram fatores comuns entre as famílias das crianças parasitadas. A maioria dos pais ou responsáveis das crianças, com diagnóstico positivo para enteroparasitos ou para Toxocara spp., relatou utilizar apenas água para a higienização de verduras e frutas. Conclusões: As altas taxas de soropositividade para Toxocara spp. indicam que as crianças foram expostas a esse parasito, sendo importante minimizar o risco de infecção. Além disso, a positividade de 18% para enteroparasitos e os dados obtidos com as entrevistas realizadas com os pais ou responsáveis demonstram a necessidade da realização de trabalhos com a população estudada que visem a divulgação sobre as parasitoses intestinais, especialmente sobre medidas profiláticas especificas.

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