Fraudes corporativas : uma análise das variáveis contábeis indicativas em empresas não financeiras de capital aberto no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/11/2011

RESUMO

Trabalhos científicos com ferramental estatístico em contabilidade, utilizando variáveis contábeis indicativas, deram seus primeiros passos no estudo das fraudes corporativas no exterior no início da década de 90, e com esse enfoque, praticamente inexistem no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi analisar se as variáveis contábeis utilizadas como indicativas de fraudes em estudos no exterior podem ser aplicadas em empresas não financeiras de capital aberto no Brasil. Para isto, baseado nos 220 processos julgados (Ritos Ordinários e Sumários) com indício de fraude corporativa com julgamentos divulgados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM entre 2000 e 2010, formou-se um grupo analisado com 26 empresas com indícios de fraude que continham dados disponíveis na Economática e um grupo de controle com 52 empresas que não apontavam indícios de fraude. Extraiu-se as 13 variáveis contábeis indicativas de fraudes mais utilizadas em pesquisas no exterior dos últimos 10 anos. Para análise dos resultados, utilizou-se análise descritiva e regressão logística. Dentre os principais resultados obtidos, destaca-se que as variáveis contábeis indicativas lucro bruto/ativo total e receita operacional bruta/ativo total podem ser consideradas importantes previsoras de fraudes em empresas não financeiras de capital aberto no Brasil. Esta pesquisa visa a contribuir como ferramenta de auxílio à transparência, ética e responsabilidade das empresas, auxiliando mercado de capitais e agentes envolvidos como órgãos reguladores, auditores e corporações como um todo. Ao término desta pesquisa, sugere-se novas pesquisas para futuros trabalhos científicos.

ASSUNTO(S)

contabilidade fraude stock companies accounting sociedades por ações ciencias contabeis fraud

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