Fragilidade, perfil e cognição de idosos residentes em área de alta vulnerabilidade social

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/08/2019

RESUMO

Resumo O objetivo do estudo foi associar a fragilidade com perfil sociodemográfico e cognição de idosos residentes em contexto de alta vulnerabilidade social cadastrados em um Centro de Referência de Assistência Social em um município do interior paulista. Estudo transversal e quantitativo realizado com 48 idosos. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista sociodemográfica, Escala de Fragilidade de Edmonton e Montreal Cognitive Assessment. Para a análise dos dados foi empregado teste de Jonckheere-Terpstra, correlação de Spearman e regressão logística (α = 5,0%). Dos 48 entrevistados, 33,4% não eram frágeis, 20,8% se mostraram aparentemente vulneráveis e 45,8% estavam frágeis em algum nível. As mulheres (OR = 4,64) e os de raça não branca (OR = 3,99) tiveram maior chance de apresentar fragilidade. Os domínios com maior influência na determinação da fragilidade foram: cognição, independência e desempenho funcional, estado geral da saúde e humor, embora sexo (p = 0,0373) e raça (p = 0,0284) tenham apresentado associação significativa. Destaca-se que considerar o perfil de fragilidade dos idosos subsidia o desenvolvimento de estratégias específicas de cuidado para este segmento populacional em área vulnerável prevenindo futuras complicações.Abstract This study aimed to associate frailty with sociodemographic profile and cognition of elderly people living in highly socially vulnerable contexts registered at a Social Assistance Referral Centers in a city of inland São Paulo. This is a cross-sectional and quantitative study with 48 elderly. Data was collected with a sociodemographic interview, the Edmonton Frail Scale and the Montreal Cognitive Assessment, and was analyzed with the Jonckheere-Terpstra test, Spearman’s correlation and logistic regression (α = 5.0%). This study was approved under Opinion Nº 72182. Of the 48 elderly interviewed, 33.4% were non-frail, 20.8% were apparently vulnerable and 45.8% were frail at some level (mild, moderate or severe). Women (OR = 4.64) and nonwhites (OR = 3.99) were more likely of being frail. The realms with the greatest influence in the determination of frailty were cognition, independence and functional performance, general health and mood, although gender (p = 0.0373) and ethnicity (p = 0.0284) had a significant association. Worth highlighting is that considering the frailty profile of the elderly warrants the development of specific care strategies for this segment of the population in a vulnerable area, preventing futures complications.

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