Formulação de massa cerâmica para revestimento poroso utilizando resíduos de madeiras tropicais

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência Florestal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Os resíduos de pó das madeiras tropicais Angelim rajado (AR) (Pithecelobium racemosum Ducke) e Sucupira vermelha (SV) (Andira parviflora Ducke) gerados na indústria madeireira em Itacoatiara - AM quando não são utilizados pela própria empresa para geração de energia são depositados em locais inadequados. Em vista disso, neste trabalho, a argila foi parcialmente substituída pelos referidos resíduos na fabricação de materiais cerâmicos para o desenvolvimento de um novo material para aplicação em revestimento de parede (azulejo) poroso (tipo BIII). Este novo produto pode ser uma alternativa sustentável para o Polo Cerâmico do município de Iranduba, estado do Amazonas, Brasil. Corpos de prova (60mm x 20mm x 8mm) foram conformados por prensagem uniaxial (20 MPa) secos a 110 ºC por 24h e queimados entre 750 e 850 °C. Os efeitos do processo de sinterização nas massas cerâmicas com os resíduos de madeiras SV e AR foram estudados por TGA-DSC, FRX e DRX. Após a queima, as amostras foram submetidas às seguintes caracterizações tecnológicas: absorção de água, retração linear, densidade aparente, porosidade aparente e módulo de ruptura à flexão. As características mineralógicas e microestruturais também foram analisadas. Os resultados evidenciam que até 10% dos resíduos das madeiras AR e SV em forma de pó podem ser incorporados em massas cerâmicas estruturais para produção de materiais cerâmicos. Entretanto, formulações com 5 e 10% do resíduo de SV apresentam resultados superiores às mesmas proporções com AR, atendendo aos parâmetros da NBR 13818 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

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