Formas regulatórias e participação infantil: marcas de descompassos nos momentos da roda na Educação Infantil

AUTOR(ES)
FONTE

Educ. rev.

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/10/2019

RESUMO

RESUMO Este texto traz contribuições de uma pesquisa desenvolvida em nível de mestrado, que assumiu como problemática investigar as formas regulatórias de uma instituição de Educação Infantil, utilizando procedimentos metodológicos provenientes da etnografia, como: registros escritos, fotográficos e fílmicos em uma instituição de Educação Infantil pública. A empiria, resultante da etnografia, se deu com um grupo de crianças de três a cinco anos de idade e os dados revelaram a presença de uma hierarquia posta a priori nas relações intergeracionais e consolidada sob a forma de regras institucionais. Analisou-se, portanto, um descompasso entre o direito das crianças à participação, bem como as regras institucionais postas no contexto, sobretudo no momento da roda de conversa proposta pelas professoras. Lançou-se mão dos estudos da Sociologia da Infância para constituir as análises, diálogo que permitiu considerar que a roda de conversa, apesar de ser tomada como uma possibilidade de promoção da participação de crianças no que tange às decisões em contexto educativo, precisa ser problematizada à luz dos eventos e de sua organização efetiva nas práticas educativas, com especial destaque aos tempos e espaços em que a roda de conversa era proposta para as crianças.ABSTRACT This paper shares contributions of a research developed at master’s level, which assumed as problematic to investigate the regulatory forms of an institution of Early Childhood Education, using methodological procedures from ethnography, such as: written, photographic and film records in a public early childhood. The empirical elements, resulting from the ethnography, occurred with a group of children from three to five years of age and the data revealed the presence of a hierarchy put a priori in intergenerational relations and consolidated in the form of institutional rules. It was analyzed, therefore, a mismatch between the children’s right to participation and the institutional rules put in the context, especially at the moment of the round of conversation proposed by the teachers. The Sociology of Childhood studies were used to constitute the analyzes, a dialogue that allowed to consider that the talk wheel, despite being taken as a possibility to promote the participation of children in what concerns decisions in educational context, needs to be problematized to the light of the events and their effective organization in educational practices, with special emphasis on the times and spaces in which the talk wheel was proposed for the children.

Documentos Relacionados