Formação inicial de professores de Matemática no Brasil no século XXI: políticas e estatísticas

AUTOR(ES)
FONTE

Bolema: Boletim de Educação Matemática

DATA DE PUBLICAÇÃO

2023

RESUMO

Resumo A formação inicial de professores de matemática é discutida a partir do confronto das estatísticas dos cursos de licenciatura do Brasil com os relatos de uma amostra de formadores de professores. Metodologicamente, essa pesquisa apresenta um estudo descritivo que fez uso da estatística descritiva para coletar e analisar dados do ensino superior brasileiro, no período compreendido entre 2000 e 2019, a partir de uma pesquisa documental e da análise temática para analisar entrevistas semiestruturadas realizadas com uma amostra não probabilística de coordenadores de curso e coordenadores de subprojetos do PIBID. Os resultados mostram que o crescimento das vagas não foi acompanhado pelo aumento de ingressos, o que ampliou as vagas ociosas. No setor privado, constatou-se que está havendo uma substituição da modalidade presencial pela modalidade a distância. Esta modalidade, inclusive, cresceu mais do que a presencial, ultrapassando-a em 2007 e tornando-se a modalidade de ensino preferencial para a formação de professores de matemática no Brasil. Os participantes da pesquisa entrevistados apresentaram opiniões muito positivas sobre o PIBID, indicando que este reduz a evasão e as vagas ociosas, mas não impacta na retenção dos alunos no curso. O confronto desses relatos com os dados estatísticos mostra que, apesar de necessário, o PIBID não foi suficiente. Além de não atender a totalidade dos alunos, essa política não contempla fatores extrínsecos que impactam na atratividade da carreira docente, tal que mudanças estruturais nas escolas e nas condições de trabalho dos professores são exigências para que haja uma melhora na formação de professores de matemática.

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