Formação de professores e profissionalização do ensino : a trajetoria dos IUFM franceses / Teacher training and professionalisation of teachers : trajectory of the french IUFM

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

De acordo com diversos autores, as políticas educacionais brasileiras, desde o início da década de 1990, seguem as orientações de organismos internacionais, especialmente do Banco Mundial. Segundo Menga Ludke, entre as propostas de formação de professores existentes nos países "desenvolvidos", os IUFMs teriam uma influência sobre as proposições feitas no Brasil, pelo Ministério da Educação, no tocante à formação de professores. Através de uma pesquisa bibliográfica e documental, nós procuramos compreender as razões da criação daqueles institutos e os debates que os envolvem, e como se configura a formação de professores na França após a criação dos mesmos. Esses institutos foram criados em um contexto polêmico. Sua criação está ligada a importantes mudanças do sistema educacional francês, iniciadas na década de 1970, quando o duplo sistema de formação escolar (curso primário superior, para o povo, e secundário, para a burguesia urbana), herança das origens da escola republicana do final do século XIX, foi definitivamente e oficialmente substituído pelo "Colégio único", em 1975 (Reforma Haby). As mudanças na formação de professores estão, também, ligadas aos debates sobre a "profissionalização" do trabalho de ensino, vinculados à idéia de "universitarização" da formação. O objetivo inicial dos IUFMs de aproximar a formação dos professores das escolas e dos professores de liceu e colégio não obteve muito sucesso. A intenção de elevar o status profissional dos professores primários foi melhor alcançada, ao se substituir essa denominação pela de "professores das escolas", elevando sua formação ao nível "universitário", embora ainda existam professores primários nas escolas, os quais não têm o mesmo estatuto. Desde o início de 2007, os IUFMs começaram a ser integrados às universidades e se tornaram agora Escolas Internas às Universidades, como é o caso em bom número de países. Essa iniciativa se inscreve dentro do "Processo de Bologna". As polêmicas sobre o lugar dos "IUFMs" dentro das Universidades, sobre sua autonomia, sobre a "profissionalização" do trabalho do ensino, sobre a "universitarização" da formação dos professores bem como do lugar da pesquisa dentro dessa fomação voltam novamente ao debate. Resumé: D après divers auteurs, les politiques éducatives brésiliennes, depuis le début de la décennie de 1990 ont suivi les orientations d organismes internationaux, spécialement de la Banque Mondiale. Selon Menga Ludke, parmi les types de formation des enseignants existant dans les pays dévélopés exerçant une influence sur les propositions faites au Brésil à travers le Ministére de l Éducation à ce sujet figure le modèle français des IUFMs. A travers une recherche bibliographique et documentaire, nous avons cherché à comprendre les raisons de leur création et les débats qui l entourent et comment se fait la formation des professeur en France après la création des IUFMs. La création de ces instituts en France s est faite dans un contexte de vives polémiques. Leur création est liée à d importants changements du système éducatif français initiées dans la décennie 1970, quand le double réseau de formation scolaire (cours primaire supérieur pour le peuple et secondaire pour la bourgeoisie urbaine) hérité des origines de l école républicaine, à la fin du 19ème siècle est définitivement et officiellement remplacé par le collège unique en 1975 (réforme Haby). Les changements de la formation des enseignants sont aussi liés aux débats sur la "professionnalisation" du métier enseignant, liés à l idée d «universitarisation» de la formation. Le but initial, concernant les IUFMs, de rapprocher la formation des professeurs des écoles et les professeurs de lycées/collèges n a pas bien réussi. L intention d élever le statut professionnel des instituteurs, en replaçant cette dénomination pour celle de "professeurs des écoles" et en leur donnant une formation "universitaire" a davantage abouti, bien qu il existe encore dans les écoles des instituteurs, qui n ont pas le même statut. Depuis le début 2007, les IUFMs ont commencé à être intégrés aux Universités et déviennent alors des Écoles Internes aux Universités, comme cela est déjà le cas dans un certain nombre de pays. Cette initiative s inscrit dans le cadre du Processus de Bologne. Les polémiques sur la place des IUFMs dans les Universités, sur leur autonomie, sur la "professionnalisation" du métier enseignant, sur l «universitarisation» de la formation des professeurs ainsi que sur la place de la recherche dans cette formation se poursuivent.

ASSUNTO(S)

public policy formação de professores teachers training of teachers french teaching ensino profissional politicas publicas profissionalisation lingua francesa - estudo e ensino professores

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