Formação de professoras e Escolas Normais paulistas: um estudo da disciplina Biologia Educacional

AUTOR(ES)
FONTE

Educação e Pesquisa

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-08

RESUMO

Este trabalho apresenta resultados de pesquisa sobre a história da disciplina Biologia Educacional (1933 a 1970), no âmbito da Escola Normal paulista. As elaborações dessa disciplina inseriram-se em projetos de renovação educacional em desenvolvimento no país desde a década de 1920, produzindo determinadas necessidades para o processo de formação de docentes e para suas futuras práticas. Esse processo, bem como os objetivos e as finalidades sociais da disciplina, foi analisado mediante o exame da atuação de diferentes grupos de interesses sociais, políticos e profissionais. Também foram investigadas as formas sob as quais o conhecimento científico disponível à época foi recriado para servir a esse processo de formação. Tomando como referência teórica os escritos de André Chervel e Ivor Goodson, pressupõe-se o caráter criativo das produções do sistema escolar, levando em conta suas possibilidades de reelaborar conhecimentos acadêmicos e de formar os indivíduos e também uma cultura escolar, produzindo padrões que se estendem a outras esferas sociais. A investigação baseou-se em análises de planos e programas de ensino, manuais didáticos, documentação arquivística e depoimentos de professoras. Foram identificadas várias formas de organização de conteúdos, com destaque para o padrão de maior sucesso, calcado no binômio hereditariedade e meio, dado como facilitador do conhecimento das individualidades humanas e, conseqüentemente, do trabalho do educador no sentido de disciplinar seus alunos para a máxima eficiência física e mental. Verificou-se também a construção de perfis de atuação social, em referência às crianças, mães e donas de casa, bem como de um ideal de desempenho profissional considerado moderno.

ASSUNTO(S)

biologia educacional escola normal história das disciplinas

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