Formação de professoras de educação infantil acerca do faz-de-conta e das culturas infantis

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/12/2010

RESUMO

Esta dissertação vinculada à linha de pesquisa Processos e Métodos Pedagógico- Didáticos tem como foco as brincadeiras de faz-de-conta e as culturas infantis. O objetivo principal é analisar a compreensão de professoras da Educação Infantil acerca das brincadeiras de faz-de-conta das crianças e das culturas infantis no contexto/ educativo. O tempo de infância é cada vez mais reduzido e ocupado por exigências de diversas atividades institucionalizadas. A Pedagogia projeta a criança para o futuro e acaba privando a criança de brincar como uma atividade com fim em si mesma, ou seja, permitir que as crianças brinquem de faz-de-conta sem que a brincadeira seja utilizada como pretexto para ensinar conteúdos ou como recurso, estratégia e métodos de um determinado aprendizado. Assim, esta pesquisa relacionada ao tema da Infância visa contribuir com os estudos que consideram a criança como ator social. Os sujeitos da pesquisa foram onze professoras de educação Infantil, dentre as doze que compunham o universo de profissionais que atuavam com crianças da faixa-etária de três a quatro anos nas instituições públicas Municipais de Gaspar/ S. O instrumento utilizado na recolha dos dados foi uma entrevista estruturada com perguntas direcionadas ao tema da pesquisa que é de cunho qualitativo. A coleta dos dados ocorreu entre os meses de abril a junho de 2010. Utilizamos como aporte teórico os estudos de Corsaro (2002) de como a criança reproduz de forma interpretativa a cultura dos adultos. Esse autor investigou aspectos das culturas infantis no faz-de-conta das crianças numa perspectiva de reprodução interpretativa entre pares; os estudos de Sarmento (2004) sobre alguns paradoxos da infância e a consideração da criança como ator social; os estudos de Tardif (2002), Pimenta (2000) e Cruz (2010) acerca da formação de professores e dos saberes docentes. Os resultados apontam que as professoras compreendem o faz-de-conta das crianças como sendo a principal atividade no cotidiano institucional, contemplam as brincadeiras de faz-de-conta no seu planejamento, além de perceberem aspectos das culturas infantis trazidos pelas crianças de contextos não institucionais para as brincadeiras de faz-de-conta, principalmente provenientes do contexto familiar. Porém, a brincadeira de faz-de-conta por vezes é utilizada pelas professoras como recursos, formas de aprendizagem de conteúdos, utilizando a brincadeira de teatro e música como soluções para desenvolver atividades direcionadas. O faz-de-conta das crianças para as professoras também é visto como mera imitação e não como reprodução interpretativa do universo dos adultos

ASSUNTO(S)

educacao pre-escolar educação infantil brincadeiras de faz-de-conta culturas infantis formação de professores child education make-believe games training

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