Form(s)-of-life: agamben's reading of Wittgenstein and the potential uses of a notion

AUTOR(ES)
FONTE

Trans/Form/Ação

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

Giorgio Agamben e Ludwig Wittgenstein parecem ter muito pouco em comum: o primeiro se ocupa de questões ontológicas tradicionais, enquanto o segundo estava interessado na Lógica e na linguagem corrente, evitando os problemas metafísicos como algo de que não podemos falar. No entanto, ambos partilham um conceito crucial para seus projetos filosóficos respectivos: forma de vida. Este artigo tento mostrar que, apesar de seus diferentes enfoques e objetivos, a noção de forma de vida é fundamental no momento de pensar a ética e a vida em-comum. Abordando a existência humana em sua relação constitutiva com a língua, essa noção desconstrói dicotomias tradicionais como bios e zoe, o cultural e o biológico, permitindo-lhes pensar uma vida que não pode ser separada de suas formas, e reconhecendo o caráter comum do logos como o traço específico da existência humana. Através de uma leitura analógica entre ambos quadros teóricos, sugiro que a noção de forma-de-vida, elaborada por Wittgenstein para abordar a produção humana de significados, tornase o conceito-chave do pensamento afirmativo de Agamben, já que nos permite considerar o comum ontologicamente em sua relação com as potencialidades humanas e vislumbrar um uso novo e comum do mundo e de nós mesmos.

ASSUNTO(S)

agamben wittgenstein forma de vida potencial língua comunidade

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