Forças produtivas e compleições corporais: do trabalho braçal ao trabalho confinado

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. katálysis

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo O presente artigo tem por objetivo desenvolver uma reflexão sobre o corpo do trabalhador, o trabalho do corpo e a imagética do corpo no entremeio das perspectivas da teoria materialista do discurso, do materialismo histórico, da genealogia foucaultiana, da historiografia brasileira e da sociologia do trabalho contemporâneo. Sem buscar ser exaustivo e sem visar uma complementaridade entre essas perspectivas, o artigo propõe a tese de um corpo histórico, cuja compleição, imagética, ideal e sofrimentos (dos corpos de trabalhadores e não trabalhadores) são sobredeterminados pela morfologia do trabalho de dada formação social. Como ilustração do atual trabalhador imóvel e confinado, abordam-se as condições contemporâneas do trabalho do operador de telemarketing. Por fim, tecem-se algumas considerações sobre imobilização e condicionamento dos corpos e o confinamento do trabalhador urbano durante o expediente laboral. Da exposição de novos modos de sofrimento no trabalho engendra-se uma crítica materialista da crítica hegemônica à corpolatria contemporânea.

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