Forage quality of irrigated tanzânia grass / Valor alimentar do capim tanzânia irrigado

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Amostras simulando o pastejo de capim Tanzânia (Panicum maximum Jacq.) irrigado sob três resíduo pós-pastejo (T1= baixo; T2= médio; T3= alto) foram coletadas durante um ano e analisadas para a determinação da composição protéica e dos carboidratos, e das frações protéicas e carboidratos (CNCPS). O teor de NDT também foi estimado. Nos períodos de verão, outono e primavera, foi avaliado a degradação ruminal da MS, FDN, FDA, PB e nFDN das amostras de pastejo simulado. Nestes períodos, também foi estimado o consumo de forragem usando-se o óxido de cromo como marcador. Não houve diferença de qualidade nutricional entre os tratamentos. Os maiores teores de FDN (68,3 a 64,5%) e FDA (34,89 a 33,18%) ocorreram no período de primavera/verão. A lignina apresentou maiores proporções no inverno (4,68 a 4,10), provocando variação na fração C dos carboidratos (14,14 a 23,21 %CT). O NDT variou entre 55,26 e 59,31%. O teor de PB teve tendência de aumento ao longo do ano, variando de 11,29 a 14,61%. Os teores de NnP variaram entre 18,23 e 28,77 %PB, sendo menores durante a primavera/verão. O Nsol variou de 24,97 a 35,97 %PB. A fração nFDN foi, em média, de 49,11 %PB. Para o nFDA, a variação foi de 6,48 e 11,94 %PB. A avaliação da degradação ruminal indica que as maiores taxas de degradações e menores frações indisponíveis ocorreram no período de verão. O T1 foi o tratamento que apresentou maior redução de digestibilidade entre o verão (81,41%) e a primavera (74,96%). A fração prontamente solúvel da proteína pode ser maior que 40% da PDR, que variou entre 76,36 %PB (verão) e 62,05 %PB (primavera). A fração indigestível da FDN (C) é maior que a estimada pelo CNCPS a partir dos teores de lignina/FDN multiplicados por 2,4. Os resultados deste trabalho indicam que o fator de multiplicação deve estar entre 2,91 e 3,35. A fração C do nFDN (12,11 a 17,08%) é maior que a calculada em laboratório como sendo nFDA (6,48 a 10,7%). Quanto maior o teor de PB e de nFDN, pior foi a digestibilidade da PB. A menor qualidade da planta no período entre julho e setembro pode estar relacionada à menor renovação de tecidos durante o período de inverno e ao acúmulo de perfilhos florescidos. O consumo de forragem foi menor para o T1 (65,8 g/kg PM) e para o período de primavera (61,3 g/kg PM). Em média, o consumo de FDN foi de 1,34% do peso animal. A altura do resíduo póspastejo, a oferta de folhas e a MSD explicaram, em média, 50% do consumo de forragem nas três estações do ano. No período do verão, houve aumento no consumo de forragem com o aumento da altura de pastejo e da oferta de folhas. Ainda no período de verão, o consumo máximo de forragem (82,98 g/kg PM) foi obtido com um resíduo de 2833 kg MSV/ha. A relação PDR/MDOR foi, entre 15,02 e 19,18%, gerando um excesso de N ruminal entre 4 e 29%.

ASSUNTO(S)

irrigação irrigation nutritive value bromatologia valor nutritivo guinea grass capim colonião

Documentos Relacionados