Fontes alternativas de proteÃna na dieta de ovinos em confinamento: valor nutritivo e desempenho bioeconÃmico / Alternative sources of protein in the diet of sheep in confinement: nutritional value and performance bioeconomic

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2011

RESUMO

Este trabalho foi conduzido com o objetivo de verificar o desempenho bioeconÃmico e adaptabilidade fisiolÃgica de ovinos alimentados com dietas contendo diferentes fontes protÃicas alternativas na raÃÃo concentrada em substituiÃÃo ao farelo de soja. Utilizaram-se trÃs diferentes fontes protÃicas alternativas na raÃÃo concentrada em substituiÃÃo ao farelo de soja: feno do folÃolo da leucena (FFL), urÃia (ambas substituindo 100% do farelo de soja) e torta de algodÃo (substituindo em 51,8%, com base na matÃria seca). Foi avaliado o peso final (kg), o ganho de peso total (GPT), ganho mÃdio diÃrio (GMD) e o nÃmero de dias para os borregos ganharem 12 kg (D12). Para uma avaliaÃÃo detalhada do desenvolvimento corporal dos ovinos, semanalmente foram feitas mediÃÃes morfomÃtricas nos animais, nas diferentes partes do corpo, como perÃmetro torÃcico (PT), altura da cernelha (AC), altura da garupa (AG), comprimento corpÃreo (CC), comprimento da garupa (CG) e escore de condiÃÃo corporal (ECC). A avaliaÃÃo comportamental foi realizada de modo instantÃneo a intervalos de 10 minutos (ingestÃo de raÃÃo, ruminaÃÃo, outras atividades, Ãcio acordado ou dormindo, durante as 24 horas). AlÃm disso, no intervalo entre duas observaÃÃes, foi acompanhada a freqÃÃncia de defecaÃÃo, micÃÃo e ingestÃo de Ãgua. Para a anÃlise das variÃveis bioclimatolÃgicas, durante o perÃodo experimental foram coletadas a cada hora, no intervalo de 7h Ãs 19h, temperatura e umidade relativa do ar, utilizando-se data logger. O consumo de matÃria natural do lote (CMN) foi calculado como sendo a diferenÃa entre o alimento fornecido e as sobras coletadas no dia seguinte para cada baia, o consumo de matÃria seca (CMS) foi obtido multiplicando o CMN pela respectiva matÃria seca da raÃÃo fornecida. A temperatura da superfÃcie do pelame dos borregos foi coletada em dois dias da semana, no perÃodo da manhà (07:30) e tarde (14:00), com auxÃlio de um termÃmetro de infravermelho. As anÃlises econÃmicas dos diferentes sistemas foram realizadas com base em simulaÃÃes utilizando um nÃmero de duzentos borregos por lote. Ao analisar a variÃvel peso final (kg), pode-se verificar que os borregos alimentados com a raÃÃo que utilizava a torta de algodÃo em substituiÃÃo parcial ao farelo de soja (51,8% da matÃria seca) foram os que obtiveram maiores peso final, ganhos de peso total e ganhos mÃdios diÃrios (g/d), aliado a um menor nÃmero de dias para um ganho de 12 kg (D12). No tocante as medidas morfomÃtricas, os borregos alimentados com a dieta que utilizava a torta de algodÃo obtiveram as melhores medidas tanto no perÃmetro torÃcico quanto no escore de condiÃÃo corporal. No que diz respeito ao comportamento animal, ao analisar as variÃveis contÃnuas em % total do dia, pode-se observar nas variÃveis ingerindo raÃÃo e Ãcio dormindo, que nÃo existiu diferenÃa (P>0,05) entre as diferentes fontes protÃicas alternativas analisadas, entretanto nas demais variÃveis houve diferenÃa (P<0,05) entre as diferentes fontes protÃicas. No que diz respeito Ãs atividades pontuais, pode-se verificar diferenÃa (P<0,05) entre as diferentes fontes protÃicas analisadas, nas atividades urinando e defecando, sendo as maiores frequÃncias observadas nos borregos alimentados com o farelo de soja e feno do folÃolo da leucena para as respectivas atividades. O CMN e CMS foram diretamente influenciados pela temperatura e umidade relativa da manhÃ, umidade relativa da tarde e do dia. O consumo de Ãgua foi influenciado pelas temperaturas da manhÃ, do perÃodo crÃtico, do perÃodo da tarde e da temperatura diÃria, bem como pelas umidades relativas do perÃodo crÃtico, do perÃodo da tarde e da umidade relativa diÃria. No tocante as temperaturas da superfÃcie do pelame, as mesmas foram influenciadas diretamente por todas as variÃveis climÃticas analisadas. A temperatura retal foi influenciada somente pelas temperaturas e umidades relativas do ar no perÃodo de mediÃÃo. A temperatura da bolsa escrotal nÃo foi influenciada pelas variÃveis climÃticas. O maior valor de manutenÃÃo da atividade foi observado no sistema onde os borregos foram alimentados com dieta contendo torta de algodÃo. No que diz respeito aos indicadores econÃmicos, o lucro da atividade em R$/kg PV foi maior no confinamento que utilizou a torta de algodÃo como fonte protÃica na raÃÃo concentrada (R$ 0,76/kg PV), seguido pelos que utilizaram farelo de soja (R$ 0,64/kg PV), urÃia (R$ 0,33/kg PV) e feno do folÃolo da leucena (R$ 0,21/kg PV). De acordo com as diferentes anÃlises econÃmicas e de investimentos realizadas, pode-se concluir que a torta de algodÃo substituindo o farelo de soja em 51,8% à a alternativa alimentar mais atrativa, pois permite uma maior oscilaÃÃo do preÃo de venda do quilograma do peso vivo do borrego em relaÃÃo Ãs demais fontes protÃicas analisadas, o que permite ao produtor se adequar a uma maior elasticidade do preÃo de venda deste produto no mercado sem causar prejuÃzos ao produtor

ASSUNTO(S)

morfometria fontes alternativas de alimento comportamento animal bioclimatologia anÃlise econÃmica zootecnia ovino - alimentaÃÃo e raÃÃes ovino - nutriÃÃo bioclimatologia morphometry bioclimatology economic analysis animal behavior alternative food sources

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