Folha : do manual ao jornal ou do jornalístico ao pedagógico / Folha : from the manual to the newspaper or from the jornalistic to the pedagogical

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/03/2012

RESUMO

Esta pesquisa inscreve-se na perspectiva materialista da HIL e mobiliza o dispositivo teórico-analítico da AD, a partir do qual me coloquei frente ao empreendimento de compreender o modo pelo qual os manuais de redação de uma empresa jornalística, em meu caso, a Folha, se configurariam enquanto um instrumento tecnológico do espaço discursivo do jornalismo (hipótese com a qual passei a trabalhar), que pauta a escrita jornalística que, por sua vez, inscreve-se na produção de conhecimento sobre a história da língua e a história do conhecimento sobre a língua, funcionando como um instrumento linguístico. Além disso, trabalho com a compreensão de que a constituição da instituição jornal se dá em uma relação com um poder dizer (MARIANI, 1999), instaurando uma memória discursiva no funcionamento da instituição jornalística. Meu dispositivo teórico repousa nas noções correntes da AD, mais propriamente, naquelas postuladas por Pêcheux, Henry, Guilhaumou, Maldidier, Orlandi e, recorro a Mariani, Silva, Pfeiffer e Silva para tangenciar as questões relativas ao discurso jornalístico. Compreendo em minha pesquisa as condições de produção das versões dos manuais de redação da Folha, bem como o processo de institucionalização do Grupo. Além, de ter buscado apresentar algumas considerações acerca desse instrumento tecnológico, o manual. Pensar o discurso jornalístico impõe que pense-se também uma questão de memória, um já dito que constitui todo o dizer; nos manuais, noto um trabalho de atualização de enunciados, num movimento que o constitui enquanto pertinente aos meandros do jornalismo e enquanto um recorte da língua, que possibilita a produção de textos que se coloquem no lugar do bem-dizer. Considerando os efeitos de sentido observados em minha pesquisa, compreendo que o manual sustenta um imaginário de referência de língua tanto para o jornalismo, quanto para a escola, que cada vez mais se apropria dos textos midiáticos.

ASSUNTO(S)

ideias linguisticas - história escola mídia folha de são paulo (jornal) redação - manuais guias etc linguistic ideas history media school folha de s.paulo writing manual

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