Flutuação populacional de ácaros na cultura do pessegueiro (Prunus persica (L.) Batsch) e em plantas associadas
AUTOR(ES)
Eichelberger, Carla Rosana, Johann, Liana, Majolo, Fernanda, Ferla, Noeli Juarez
FONTE
Revista Brasileira de Fruticultura
DATA DE PUBLICAÇÃO
23/09/2011
RESUMO
Apesar da grande importância da cultura do pêssego [Prunus persica (L.) Batsch] no Rio Grande do Sul, pouco se conhece sobre a diversidade e a flutuação populacional de ácaros considerados importantes para esta cultura. O objetivo deste trabalho foi conhecer a flutuação populacional das espécies acarinas associadas às cultivares Premier e Eldorado nos municípios de Roca Sales e Venâncio Aires, Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado no período de julho de 2008 a junho de 2009, quando foram amostradas 15 plantas escolhidas ao acaso numa área em cada município. As plantas foram divididas em quadrantes, e de cada quadrante foi escolhido um galho de onde foram retiradas três folhas das regiões apical, mediana e basal, totalizando 180 folhas/área. Foram coletadas, mensalmente, parte de cinco plantas não cultivadas mais abundantes. O período de uma hora sob microscópio estereoscópio foi suficiente para se obter uma amostra representativa. Um total de 1.124 ácaros foi coletado pertencentes a 14 famílias e 28 espécies. Tetranychus ludeni Zacher, 1913, Panonychus ulmi (Koch, 1836) e Mononychellus planki (McGregor, 1950) foram os ácaros fitófagos mais abundantes, enquanto Typhlodromalus aripo Deleon, 1967 e Phytoseiulus macropilis (Banks, 1904) os ácaros predadores mais comuns. O esforço amostral foi suficiente. Nos dois pomares avaliados, os índices ecológicos foram baixos, mas um pouco superiores em Premier (H' 0,56; EqJ: 0,43) quando comparados a Eldorado (H' 0,53; EqJ 0,40). Em Premier não foram observadas espécies constantes, apenas acessórias com Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939), T. ludeni e T. aripo. Maior abundância foi observada em dezembro e janeiro, e maior quantidade em abril. Em Eldorado, T. ludeni e P. ulmi foram constantes. Maior abundância foi observada em novembro e dezembro, e maior quantidade em dezembro e janeiro. Não foram observados ácaros nas gemas. Tetranychus ludeni é o ácaro fitófago mais comum, com picos populacionais em novembro, dezembro e janeiro. Alta diversidade de ácaros predadores foi observada tanto em plantas associadas como em plantas de pessegueiro, indicando mobilidade das espécies predadoras na cultura.
ASSUNTO(S)
acari controle biológico panonychus ulmi tetranychus ludeni typhlodromalus aripo
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