Fluor em agua e prevalencia de fluorose no estado de São Paulo / Fluorine in water and fluorosis prevalence in state of São Paulo, Southern Brazil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O conteúdo do presente trabalho encontra-se distribuído em dois capítulos na forma de artigos científicos constituindo duas partes distintas. Na primeira parte constam os resultados obtidos em levantamento da informação disponível sobre fluorose dentária e ocorrência de flúor em água subterrânea no Estado de São Paulo. Consistiu de um estudo descritivo simples, com fontes de dados documentais e resultantes de busca nos portais da Biblioteca Virtual de Saúde-BIREME, banco de teses e portal de periódicos da CAPES e Google, utilizando-se como descritores: flúor, fluorose, água subterrânea e São Paulo, os quais foram cruzados para obtenção de resultados. Utilizou-se também dados do Ministério da Saúde-Brasil, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), Agência Nacional das Águas (ANA) e do Departamento de Água e Esgoto do Estado de São Paulo (DAEE). Foram identificados os municípios onde se localizam poços com teores elevados de fluoreto bem como os municípios onde foram relatados casos de fluorose dentária moderada e severa como, por exemplo, Amparo, Bebedouro, Campinas, Itapirapuã Paulista, entre outros. As ocorrências de poços com excesso de fluoreto, com concentrações capazes de acarretar fluorose dentária e óssea, e municípios que apresentaram casos de fluorose dental moderada e severa, distribuem-se por todo território paulista sobre seus principais aqüíferos. Em geral, observou-se que os municípios que não utilizam fluoretação da água de abastecimento não apresentam casos de fluorose, com exceção de Itapirapuã Paulista, localizado em região próxima a ocorrências e jazidas de fluorita. A segunda parte deste estudo consistiu de uma avaliação da qualidade das águas com respeito ao flúor que serviu de base para discutir as informações sobre a prevalência de fluorose em Amparo (SP). Realizaram-se três campanhas para coleta de águas superficiais, subterrâneas e tratada, e duas de fontes naturais e água engarrafada. Em cada ponto foram tomados os parâmetros físicoquímicos in situ e coletadas alíquotas de água filtrada para análise em cromatógrafo de íons. Constatou-se que as águas superficiais apresentaram concentrações de flúor variando entre 0,09 e 0,14 mg L-1. A água tratada apresentou, em 29,4% das amostras, concentração de flúor dentro do intervalo considerado ótimo para o Estado de São Paulo (0,6 a 0,8 mg L-1), variando entre 0,48 e 1,4 mg L-1. Os poços, fontes naturais e água engarrafada apresentaram baixas concentrações de fluoreto em 100% das amostras, no intervalo de <0,01 a 0,58 mg L-1. As informações disponíveis sobre a prevalência de fluorose dental em Amparo revelam que em escolares de 12 anos de idade obteve-se em 2002 um índice de 7,4% evoluindo em 2004 para 34% principalmente dos graus muito leve e leve. Verificou-se, não obstante, que parte da população do município de Amparo está sujeita ao consumo de água subfluoretada (poços, fontes e água engarrafada) e parte está ocasionalmente exposta ao consumo de água com excesso de flúor (água tratada). Embora a prevalência de fluorose tenha aumentado em Amparo nos últimos anos, constata-se também que parte da população está sem o efeito protetor da fluoretação contra a cárie dentária ensejando monitoramento periódico da qualidade das águas e um maior controle por parte da vigilância sanitária

ASSUNTO(S)

fluor fluorine dental fluorosis aguas subterraneas - contaminação - são paulo fluorese dentaria groundwater agua - fluoretação - amparo (sp) water

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