Fluência verbal na doença de Alzheimer e comprometimento cognitivo leve na baixa escolaridade e sua relação com hábitos de leitura e de escrita

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO. A tarefa de fluência verbal (FV) contribui para um mapeamento cognitivo e diferenciação entre populações saudáveis e com demência. Objetivos: Comparar o desempenho em duas tarefas de FV semântica (animais/roupas) e uma fonêmica (letra P) entre controles saudáveis e pacientes com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) e Doença de Alzheimer (DA). Além disso, analisar a relação entre frequência de hábitos de leitura e escrita (FHLE) e a FV nesses grupos de baixa escolaridade. Métodos: Sessenta e sete adultos idosos foram divididos em três grupos: controles (n=25), idosos com CCL (n=24) e idosos com DA (n=18), 60-80 anos de idade e 2-8 anos de escolaridade. Avaliaram-se tipo, tamanho médio e quantidade de agrupamentos, alternâncias, intersecções e retornos. Conduziu-se uma análise ANOVA de um fator com post hoc para verificar diferenças entre grupos. Resultados: O total de palavras na FV fonêmica e a categoria animais discriminaram os três grupos. Na categoria animais, pacientes com DA demonstraram desempenho inferior ao dos controles no número total de palavras, agrupamentos taxonômicos, retornos e número de palavras evocadas. Houve correlação moderada entre FHLE e número total de palavras na FV fonêmica. Conclusões: O componente semântico (animado) e o fonêmico (total de palavras) da FV diferenciaram os controles e os grupos clínicos entre si; o fonêmico relacionou-se mais com a FHLE do que o semântico. A FV fonêmica parece ser mais relacionada à reserva cognitiva. Tarefas de FV, considerando o total de palavras e as análises de clusters, são ferramentas valiosas para testar adultos idosos saudáveis e com declínio cognitivo na baixa escolaridade.

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