Florística, estrutura das sinúsias herbácea e arbutiva e características edáficas em fragmentos florestais da Bacia do Rio TIbagi, PR

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/08/2010

RESUMO

Atualmente, calcula-se que a vegetação nativa do Estado do Paraná esteja próxima de 2%, sendo que na bacia do rio Tibagi, dentre suas formações vegetais, a Floresta Estacional Semidecidual (FES) ocupa uma área entre 2 a 4% de floresta e a Floresta Ombrófila Mista (FOM), mais conhecida como floresta de Araucária, ocupa áreas entre 0,8 a 1,6% em remanescentes florestais. Uma das principais causas desta situação foi, principalmente, a forma de colonização, onde desbravadores desmatavam para estabelecimento de plantios agrícolas. Com isso as florestas nestas regiões são representadas por fragmentos, muitas vezes isolados. Plantas das sinúsias de ervas e arbustos florestais, apesar de serem importantes na riqueza das florestas Tropicais e Subtropicais, têm sido pouco estudadas nas formações florestais brasileiras e, em especial, nas florestas do rio Tibagi. O presente estudo apresenta, em dois capítulos, os dados florísticos e estruturais destas sinúsias e a influência da distribuição destas por variáveis químicas da camada superficial do solo. No primeiro capítulo foi estudado a florística da sinúsia de ervas e arbustos florestais em quatro fragmentos de floresta nesta bacia, sendo dois em áreas de FES (Estância Patrial e Fazenda Santa Helena) e dois em áreas de FOM (Estância Manain e Mata do Pinhão). Foram contabilizados em 121 espécies, 74 gêneros distribuídos em 31 famílias. Do total, 26 espécies, 16 gêneros e sete famílias são do grupo das samambaias, uma espécie pertencente a um gênero das licófitas e o restante das angiospermas (94, 58 e 23, respectivamente). O número de espécies pertencentes ao hábito das ervas (69) foi superior ao dos arbustos (52). Áreas mais próximas geograficamente foram mais similares, e as áreas com maior número de micro-ambientes apresentaram maior riqueza. No segundo capítulo foi estudada a estrutura das sinúsias de ervas e arbustos nos quatro fragmentos e a influência das variáveis químicas da camada superficial de solo na distribuição das plantas. Foram amostradas 24 parcelas de 4m2 em cada fragmento. Os fragmentos de FES mostraram alta similaridade e diversidade diferentemente das de FOM. Na Estância Patrial (EP) e na fazenda Santa Helena (FSH) foram amostradas 38 espécies em 13 famílias. As espécies com maior valor de importância foram Thelypteris sp., Hybanthus bigibbosus (A.St.-Hill.) Hassl., Lastreopsis effusa (Sw.) Tindale, Acalypha gracilis Spreng., Geophila repens (L.) I.M.Johnst com valores de importância similares nas áreas. Na Estância Manain (EM) e Mata do Pinhão (MP) foram amostradas 41 espécies em 16 famílias, sendo estas espécies pouco comuns entre os fragmentos. Os atributos químicos dos solos analisados resultaram um de maior fertilidade nas áreas de FES do que nas de FOM. As análises de correspondência canônica (CCA) explicaram 10% da variação dos dados, por este fato é necessário cautela na interpretação dos resultados. O diagrama gerado demonstrou a separação em dois grandes grupos, o primeiro contendo as espécies amostradas nos fragmentos das áreas de FOM e o segundo das áreas de FES. Também foi possível separar, no diagrama, as espécies pertencentes à EM, associadas a solos com maiores concentrações de P e em MP de Al. Entre as espécies amostradas nos fragmentos na formação FES, ocorreu uma tendência a maiores valores de Mg, K, Ca, Ph levemente ácido.

ASSUNTO(S)

comunidades vegetais - tibagi rio bacia (pr) fitogeografia ecologia florestal solos florestais ecologia vegetal botânica plant communities phytogeography forest ecology

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