Florística e formas de vida ao longo de um gradiente topográfico no centro-oeste do estado do Ceará, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rodriguésia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-06

RESUMO

Resumo Para verificar se a composição florística constitui unidades discretas ou contínuas ao longo de um gradiente topográfico foram analisadas três fitofisionomias (caatinga sobre altitudes de 300 a 500 m, floresta decídua sobre altitudes de 500 a 700 m e carrasco sobre atitudes de 700 m) sobre classes de solos distintas no semiárido setentrional do Nordeste do Brasil. Em cada fisionomia foi realizado o levantamento das espécies, as quais foram classificadas em formas de vida e de crescimento. A riqueza de espécies foi maior na floresta decídua (250) do que no carrasco (136) e na caatinga (137). A caatinga apresentou poucas espécies em comum com as fitofisionomias de carrasco ou de floresta decídua (6 e 18 espécies). A maior sobreposição de espécies ocorreu entre a floresta decídua e o carrasco, 62 espécies. Foram exclusivas da caatinga, floresta decídua e do carrasco, 104, 161 e 59 espécies, respectivamente. Quanto às formas de crescimento, nas fisionomias sobre relevo sedimentar com Latossolo e Arenosolo predominaram espécies lenhosas: 124 na floresta decídua e 68 no carrasco. Na caatinga sobre relevo do embasamento cristalino com predominância de Planossolo, a maior riqueza de espécies (69) foi de ervas. Na análise comparativa do espectro biológico com outras formações brasileiras, o de caatinga se destacou dos demais, constituindo uma unidade individualizada pela maior proporção de terófitos e caméfitos. Em relação à flora das três fisionomias, objeto deste estudo, pode-se afirmar que a da caatinga representa uma unidade discreta.

ASSUNTO(S)

classificação de vegetação espectro biológico forma de crescimento fitoclima, comunidade vegetal

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