Florística de comunidades arbóreas no Município de Pelotas, Rio Grande do Sul

AUTOR(ES)
FONTE

Rodriguésia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-09

RESUMO

Foram realizados levantamentos florísticos para conhecer as espécies arbóreas, arborescentes e arbustivas no Município de Pelotas, Rio Grande do Sul. As coletas foram feitas por meio de caminhamentos em 21 fragmentos em diferentes estados de conservação. A vegetação estudada pertence a duas fitofisionomias: matriz de paisagem florestal distribuída sobre a Encosta do Escudo Sul-Riograndense e matriz campestre na Planície Costeira. A riqueza encontrada foi de 148 espécies distribuídas em 101 gêneros e 48 famílias. Myrtaceae, com 24 espécies, foi a família de maior riqueza, mostrando gêneros representativos em espécies: Eugenia (7), Myrcia (4), Myrcianthes e Myrceugenia (3). Outros gêneros apresentaram quatro espécies cada, que foram Schinus (Anacardiaceae), Baccharis (Asteraceae) e Myrsine (Myrsinaceae). Ocorreu baixa contribuição de árvores da família Fabaceae com apenas duas espécies, sendo gênero Inga ausente em matas ciliares. Constatou-se a ocorrência de espécies de distribuição geográfica tipicamente tropical como: Geonoma schottiana Mart (Arecaceae), Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg (Euphorbiaceae) e Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin (Araliaceae) e táxons de caráter temperado como Azara uruguayensis (Speg.) Sleumer (Salicaceae) e Quillaja brasiliensis Mart. (Quillajaceae). Isso demonstra uma área biogeográfica de ecótono entre a Mata Atlântica stricto sensu e o Bioma Pampa. Desde modo a biodiversidade é considerada elevada em virtude das latitudes e das baixas temperaturas no período de inverno, sendo necessários estudos para desenvolver meios adequados para sua conservação, restauração e manejo florestal.

ASSUNTO(S)

árvores biodiversidade conservação ecologia

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