Florestas maduras da região metropolitana de São Paulo: diversidade, composição arbórea e variação florística ao longo de um gradiente litoral-interior, Estado de São Paulo, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Hoehnea

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-09

RESUMO

RESUMO Os objetivos desse trabalho foram amostrar e caracterizar o componente arbóreo de florestas maduras da região metropolitana de São Paulo, SP, Brasil, verificar a existência de variações florísticas ao longo dos planaltos da região no sentido litoral-interior e quais fatores ambientais que poderiam influenciá‑la. Além disso, são realizadas considerações sobre a classificação e conservação dessas florestas. Foram amostradas três florestas maduras da região metropolitana, situadas nos municípios de São Paulo (Marsilac), Cotia (Reserva Florestal do Morro Grande) e Itapevi. Em cada localidade foram instaladas duas parcelas de 20 × 50 m com amostragem dos indivíduos com perímetro a 1,30 m de altura do solo PAP ≥ 15 cm. Posteriormente, foram realizadas análises de agrupamento (UPGMA) e ordenação (DCA) com dados de densidade das espécies. O levantamento resultou na amostragem de 943 indivíduos arbóreos pertencentes a 50 famílias, 109 gêneros e 184 espécies; índice de Shannon 4,62, equabilidade de Pielou 0,88, área basal de 46,1 m2 ha-1 e densidade de 1.572 ind ha-1. As análises de agrupamento e ordenação indicaram haver maior similaridade entre Marsilac e Morro Grande, com tendência à formação de um bloco florístico mais homogêneo, enquanto que Itapevi se isolou das demais. Essa variação foi atribuída à existência de um período seco mais acentuado no inverno na região de Itapevi, fator que possibilita a presença de algumas espécies comumente associadas a florestas estacionais semidecíduas. Ainda assim, foi verificado que as florestas da região metropolitana são compostas por uma flora predominantemente ombrófila, com maior ou menor presença de elementos de florestas estacionais semidecíduas, mistas ou frias/úmidas. A alta diversidade das florestas maduras, aliada à presença de uma grande quantidade de espécies raras e ameaçadas, além da escassez desses remanescentes, são razões para proteção e conservação imediata dessas florestas.

ASSUNTO(S)

biodiversidade clímax conservação fitogeografia mata atlântica

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