Floral biology and behavior of Africanized honeybees Apis mellifera in soybean (Glycine max L. Merril)

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Archives of Biology and Technology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-05

RESUMO

Este experimento teve como objetivos avaliar a polinização realizada por abelhas Apis mellifera, estudar a biologia floral e observar o comportamento de coleta nas flores de soja (Glycine max L. Merril), variedade BRS-133 plantadas na região de Maringá-PR. Os tratamentos constituíram de áreas demarcadas de livre visitação por insetos, áreas cobertas por gaiolas, com uma colônia de abelhas (A. mellifera) no seu interior e plantas também cobertas por gaiola que impedia a visitação por insetos. Todas as áreas possuíam 24 m² (4 m x 6 m). As flores de soja permaneceram abertas por um tempo maior (82,82 ± 3,48 horas) no tratamento coberto sem abelhas. O estigma das flores também se mostrou mais receptivo (P=0,0021) no tratamento coberto sem abelhas (87,3 ± 33%) e, às 10h42min, foi o horário de maior receptividade. O pólen se manteve viável em todos tratamentos, a média foi de 99,60 ± 0,02%, não apresentado diferenças entre tratamentos. O teste de fidelidade demonstrou que as abelhas A. mellifera foram 100% fiéis às flores de soja. A porcentagem de aborto das flores foi de 82,91% no tratamento sem abelhas e este resultado foi superior (P=0,0002) aos 52,66% e 53,95% dos tratamentos livre e coberto com abelhas, respectivamente. As quantidades médias de açúcar total e de glicose medidas no néctar das flores foram, respectivamente, de 14,33 ± 0,96 µg/flor e de 3,61 ± 0,36 µg/flor, não apresentando diferenças (P>0,05) entre os tratamentos. Os sólidos totais, medidos através do refratômetro manual foram de 21,33 ± 0,22% no tratamento livre e de 22,33 ± 0,38% no tratamento coberto com abelhas e estes resultados diferiram entre si (P=0,0001). A quantidade de néctar nas flores foram similares entre os tratamentos, sendo que o volume médio de néctar/flor foi 0,072 ± 0,04 µL/flor. As abelhas A. mellifera foram os insetos mais freqüentes (95,18%). Outros insetos observados foram os lepidópteros (3,51%) e outras abelhas (1,32%), no tratamento livre. Neste tratamento, o tempo de coleta para néctar foi de 2,55 ± 0,07 segundos que foi menor (P=0,0039) que o tempo de 2,87 ± 0,08 segundos, observado no tratamento coberto com abelhas. O comportamento para o tipo de coleta observado nas abelhas A. mellifera mostrou que as coletoras de néctar não apresentaram um padrão, mas para pólen, o horário de pico das coletoras foi às 11h36min. As flores de soja se mostraram sensíveis aos tratamentos, revelando alterações na sua biologia quando foram expostas ou não às abelhas.

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