Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) da Amazônia maranhense. V. Flutuação sazonal em área de colonização antiga e de endemismo de leishmaniose cutânea
AUTOR(ES)
REBÊLO, J. M. M., OLIVEIRA, S. T. de, SILVA, F. S., BARROS, V. L. L., COSTA, J. M. L.
FONTE
Revista Brasileira de Biologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-02
RESUMO
Discute-se neste trabalho a abundância sazonal de 25 espécies de flebótomos (um do gênero Brumptomyia e 24 do gênero Lutzomyia) encontradas na localidade de P1V5, município de Buriticupu. Os flebótomos foram capturados das 18 às 6 horas, uma vez por mês, de janeiro a dezembro de 1996. Utilizaram-se armadilhas luminosas CDC, instaladas na mata, peri e intradomicílio. Os flebotomíneos foram encontrados o ano inteiro, sendo que cinco espécies distribuíram-se somente na estação chuvosa (janeiro a junho), representadas por um ou dois indivíduos; oito espécies só ocorreram na estação seca (julho a dezembro) e 12 espécies tiveram representantes nas duas estações. No período seco foram encontrados 400 espécimens, e as espécies mais abundantes foram: L. whitmani (26,3%), L. serrana (23%), L. choti (22,8%), L. evandroi (7,5%), L. longipalpis (5,8%), L. termitophila (3,3%), L. shannoni (3%) e L. migonei (2,5%). Já na estação chuvosa, foram capturados 327 espécimens e o predomínio foi das espécies L. whitmani (74%), L. termitophila (4%), L. umbratilis (3,4%), L. serrana (2,8%), L. evandroi (2,8%) e L. claustrei (2,4%). Foram consideradas anuais as espécies L. whitmani, que ocorreram em todos os meses do ano de estudo, e L. serrana e L. evandroi, que faltaram apenas em três meses alternados. As demais foram consideradas sazonais, periféricas ou pontuais. Considerando todos os indivíduos capturados por estação, verifica-se que a densidade foi significativamente maior no período seco (55%) do que no período chuvoso (45%). Durante o período de captura dos flebotomíneos notificou-se a ocorrência de 384 casos de LTA na região de Buriticupu e, a exemplo do que ocorreu com os flebotomíneos, cerca de 53,4% dos casos da doença foram registrados na estação seca, contra 46,6% na estação chuvosa.
ASSUNTO(S)
phlebotominae lutzomyia leishmaniose amazônia maranhense
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