Fitossociologia e diversidade em fragmentos florestais com diferentes históricos de intervenção na Amazônia Ocidental
AUTOR(ES)
Silva, Simone Pereira da; Ferreira, Evandro José Linhares; Santos, Lucélia Rodrigues
FONTE
Ciênc. Florest.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-03
RESUMO
RESUMO Neste estudo buscou-se realizar a caracterização florística e estrutural de três fragmentos florestais que sofreram intervenção antrópica, em intervalos de tempo distintos, localizados na Área de Proteção Ambiental Lago do Amapá em Rio Branco - AC, Brasil. O Fragmento I possui histórico de intervenção para formação de pastagem e exploração madeireira na década de 1960, o Fragmento II, histórico de intervenção de corte/queima e plantio na década de 1970 e o Fragmento III, histórico de intervenção para formação de pastagem na década de 1980. Para a amostragem florística e fitossociológica foram alocadas duas parcelas por fragmento medindo 0,5 hectares cada (20 m x 250 m), totalizado uma área de três hectares. Todos os indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10 cm foram inventariados. Calcularam-se os parâmetros fitossociológicos como dominância, densidade, frequência, Valor de Importância (VI) e área basal. A diversidade entre fragmentos foi obtida através do índice de Shannon-Weaver (H’) e a similaridade pelo índice de Jaccard. As comparações de médias foram realizadas por meio do Teste de Tukey com 5% de significância. Ao todo foram inventariados 1427 indivíduos, distribuídos em 44 famílias e 193 espécies. Os índices de diversidade H’ encontrados foram: 4,21 nats.indivíduos-1 para o Fragmento I, 3,74 nats.indivíduos-1 para o Fragmento II e 3,50 nats.indivíduos-1 para o Fragmento III. O índice de Jaccard apontou maior similaridade entre os Fragmentos II e III. O Fragmento I diferiu estatisticamente dos demais com relação à área basal, número de gêneros e de espécies. O estrato médio (classe de altura de 8 m ≤ h < 16,93 m) apresentou o maior número de indivíduos. Com relação às classes diamétricas, observou-se maior quantidade de indivíduos nas primeiras classes, seguindo o padrão J invertido em todos os fragmentos. O resultado do estudo apontou que o fragmento com histórico de antropização mais antigo possui estrutura, riqueza e diversidade de espécies distintas dos demais fragmentos.
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