FitoplÃncton do estuÃrio do rio Formoso (Rio Formoso, Pernambuco, Brasil): biomassa, taxonomia e ecologia

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O estuÃrio do rio Formoso està inserido na Ãrea de ProteÃÃo Ambiental de Guadalupe, no municÃpio de Rio Formoso, Pernambuco, localizado a cerca de 92km da cidade do Recife (8 37â- 8 41â S e 35 04â - 35 08â W). à um importante ecossistema costeiro do litoral sul do Estado de Pernambuco, principalmente, por possuir uma grande biodiversidade com enorme potencial biolÃgico, exercendo um papel de grande importÃncia socioeconÃmica para a populaÃÃo local. Com o intuito de conhecer a biomassa, a ecologia e a composiÃÃo da flora planctÃnica, as variaÃÃes sazonal e espacial, a influÃncia da pluviometria e dos parÃmetros hidrolÃgicos, desenvolveu-se esta pesquisa pioneira na Ãrea. As coletas foram realizadas em 2002 em trÃs estaÃÃes fixas durante o perÃodo chuvoso (maio, jun. e jul./02) e de estiagem (out., nov. e dez./02). Os dados de pluviometria se originaram da EstaÃÃo MeteorolÃgica de Porto de Galinhas (Ipojuca, Pernambuco). Foram registrados in situ dados sobre a profundidade local, a temperatura, a transparÃncia da Ãgua e, concomitantemente, coletadas amostras dâÃgua com auxÃlio da garrafa tipo Nansen para a anÃlise dos parÃmetros hidrolÃgicos e biolÃgicos. As amostras do microfitoplÃncton foram obtidas atravÃs de arrastos horizontais superficiais, com rede de comprimento de 1m e 65μm de abertura de malha, durante 3 minutos. Mediu-se a biomassa fitoplanctÃnica atravÃs das concentraÃÃes de clorofila a. Foram identificados 204 tÃxons infragenÃricos sobressaindo Ãs diatomÃceas com 75% do total da comunidade. Destacaram-se tanto em abundÃncia relativa como em freqÃÃncia de ocorrÃncia: Odontella mobiliensis, Chaetoceros costatus, Chaetoceros curvisetus, Chaetoceros sp, Coscinodiscus centralis, Bacillaria paxillifera, Lithodesmium undulatum, Paralia sulcata, Nitzschia sigma, Chaetoceros lorenzianus, Gyrosigma balticum, Surirella febigerii e Entomoneis alata. Destacaram-se ainda Trachelomonas sp e Phacus acuminatus com percentuais elevados de abundÃncia relativa no perÃodo de estiagem nas baixas-mares. Os dinoflagelados constituÃram o segundo grupo da flora, seguido das cianofÃceas, clorofÃceas, euglenofÃceas e dos silicoflagelados. Os Ãndices de diversidade caracterizaram o ambiente como de mÃdia a baixa diversidade especÃfica. A profundidade nas estaÃÃes de coleta variou de 1,8 a 9,7m; a temperatura (24,5 a 29,5ÂC), variou sazonalmente com maiores valores no perÃodo de estiagem, nÃo foi observada estratificaÃÃo tÃrmica na coluna dâÃgua; transparÃncia da Ãgua de 0,25 a 3,67m, com menores valores no perÃodo chuvoso; salinidade (1,33 a 36,30), variou desde ambiente oligoalino a eualino, mostrando um gradiente decrescente da estaÃÃo 3 para 1, a distribuiÃÃo vertical da salinidade permitiu classificÃ-lo como sendo do tipo bem misturado; o oxigÃnio dissolvido (2,92 a 6,25ml.l-1), em geral diminuiu da estaÃÃo 3 para 1; as taxas de saturaÃÃo do oxigÃnio permitiram identificÃ-lo como de baixa saturaÃÃo na baixa-mar e, na preamar, como zona saturada; pH manteve-se sempre alcalino, variando de 7,05 a 8,88, com maiores valores nas preamares; nitrito, nitrato e fosfato de valores indetectÃveis a 0,48; 6,30 e 0,77μmol.l-1, respectivamente e silicato de 7,14 a 75,63μmol.l-1, maiores concentraÃÃes de nutrientes ocorreram durante o perÃodo chuvoso e nas baixa-mares, à exceÃÃo de silicato; biomassa algal de 2,45 a 70,22mg.m-3, apresentando uma sazonalidade com maiores concentraÃÃes no perÃodo chuvoso e, em sua maioria, Ãndices elevados, caracterizando o ambiente como eutrÃfico

ASSUNTO(S)

ecologiaâ fitoplÃncton estuarino fitoplÃnctonâestuÃrioârio formoso (pe)-taxonomia oceanografia biomassaâfitoplÃnctonâestuÃrioârio formoso (pe)

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