Fístula vésico-apendicular em adenocarcinoma mucinoso do apêndice
AUTOR(ES)
Orso, Ivan R B, Pinto, Rodrigo Ambar, Ramos, Marcus FKP, Kiss, Desidério Roberto, Lopes, Roberto Iglesias, Cocuzza, Marcello, Mesquita, José Luis Borges de
FONTE
ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: Apresenta-se raro caso de fístula vésico-apendicular secundária a adenocarcinoma mucinoso do apêndice. RELATO DE CASO: Paciente masculino de 62 anos com história de um ano de infecções urinárias de repetição. Após dois meses desenvolveu pneumatúria e fecalúria, sendo indicada tomografia computadorizada de abdômen que mostrou massa trans-mural na parede da bexiga, com fistula vésico-entérica para região do íleo terminal. A laparotomia revelou tumoração surgindo do apêndice cecal, em continuidade com a parede posterior da bexiga. A mesma foi aberta, sendo identificada grande fistula e material tumoral até próximo ao trígono vesical. A biópsia de congelação identificou adenocarcinoma mucinoso. Realizada hemicolectomia associada à cistectomia parcial em bloco, com preservação do trígono vesical. Houve extravasamento de mucina para a cavidade pélvica pela manipulação. Optado por lavagem peritoneal com solução de mitomicina a 42º C para prevenir disseminação peritoneal. O paciente evoluiu com íleo prolongado pós-operatório, tendo alta hospitalar no15º dia. Cinco meses após o procedimento encontrava-se em quimioterapia com 5-fluouracil e leucovorin, sem sinais de doença recidivante. CONCLUSÃO: A presença de fístula vésico-apendicecal é extremamente rara, tendo poucos casos relatados na literatura. O conhecimento dos diferentes tipos de neoplasias e seus tratamentos adequados permite ao cirurgião oferecer melhor cuidado ao paciente.
ASSUNTO(S)
câncer do apêndice fístula urinária quimioterapia adjuvante hipertermia terapêutica