Fístula labiríntica na otite média crônica colesteatomatosa

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Otorrinolaringologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-08

RESUMO

A otite média crônica colesteatomatosa (OMCC) pode cursar com complicações intra e/ou extracranianas, entre elas a fístula labiríntica. Neste trabalho, mostramos a incidência e a evolução dos casos de fístula labiríntica decorrentes da OMCC em nosso serviço. FORMA DE ESTUDO: Clínico prospectivo. MATERIAL E MÉTODO: Dez pacientes com fístula labiríntica, do total de 82 pacientes com OMCC, foram submetidos à cirurgia no período de janeiro de 2001 a abril de 2002 e avaliados através de exame otorrinolaringológico completo, tomografia computadorizada e audiometria pré e pós-operatória. RESULTADOS: Perda auditiva, otorréia, zumbido e vertigem estavam presentes em 100%, 90%, 80% e 40% dos casos respectivamente na avaliação clínica pré-operatória. Em um paciente a fístula aparecia apenas nos cortes tomográficos coronais e tivemos um caso de falso-negativo. Dos pacientes com zumbido, 66% apresentaram melhora deste quadro no pós-operatório. DISCUSSÃO: Nos casos de fístula sem invasão do espaço perilinfático (até grau II), notamos uma tendência de melhora dos quadros clínico e audiométrico após a cirurgia. Nas fístulas extensas, por outro lado, o resultado audiométrico se manteve inalterado. CONCLUSÃO: A tomografia continua sendo o exame de escolha para os quadros de OMCC com sensibilidade de 90% para fístulas labirínticas. Nas fístulas grau II a cirurgia apresenta bom resultado funcional.

ASSUNTO(S)

otite média crônica colesteatomatosa fístula labiríntica tomografia computadorizada

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