Fisioterapia respiratória pós-operatória previne complicações respiratórias em pacientes submetidos à esofagectomia
AUTOR(ES)
Lunardi, Adriana C., Cecconello, Ivan, Carvalho, Celso R. F.
FONTE
Brazilian Journal of Physical Therapy
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-04
RESUMO
CONTEXTUALIZAÇÃO: A esofagectomia apresenta a maior taxa de complicações pulmonares pós-operatórias dentre as cirurgias abdominais altas. Os benefícios da fisioterapia respiratória em pacientes submetidos à cirurgia abdominal alta convencional têm sido mostrados na literatura, porém esse efeito na esofagectomia tem sido pouco investigado. OBJETIVOS: Comparar a frequência de complicações respiratórias em dois grupos de pacientes submetidos à esofagectomia, tendo um recebido fisioterapia respiratória e o outro não. MÉTODOS: Setenta pacientes consecutivos (nenhuma exclusão) foram avaliados retrospectivamente e divididos em dois grupos: controle (GC=sem fisioterapia; n=30) e fisioterapia respiratória (GFT; n=40). O PTG recebeu manobras para expansão pulmonar e higiene das vias aéreas. Nenhum deles foi submetido à ventilação não-invasiva ou a exercícios com pressão positiva. Todos os pacientes foram orientados à mobilização ativa, progressiva e precoce. Foram coletadas informações sobre o perioperatório e complicações respiratórias. A frequência de complicações respiratórias entre os grupos foi analisada pelo teste z, considerando p<0,05. RESULTADOS: Pacientes de ambos os grupos foram similares quanto à idade, IMC, tabagismo e etilismo, doença maligna, tempos cirúrgico e anestésico e tipos de esofagectomia (p>0,05). Nossos resultados mostram que pacientes que receberam fisioterapia respiratória após a esofagectomia tiveram uma frequência menor de complicações respiratórias (15% vs. 37%, p<0,05). O PTG precisou de menos tempo de antibioticoterapia e de drenagem torácica, assim como teve menos reintubação, comparado com o controle (p<0,05). CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que a fisioterapia respiratória após esofagectomia reduz as complicações respiratórias e a necessidade de cuidados clínicos, mas não reduz o tempo de hospitalização.
ASSUNTO(S)
esofagectomia terapia respiratória fisioterapia cuidado pós-operatório complicações pós-operatórias cirurgia
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