Fisiopatologia da esquizofrenia: aspectos atuais
AUTOR(ES)
Araripe Neto, Ary Gadelha de Alencar, Bressan, Rodrigo Affonseca, Busatto Filho, Geraldo
FONTE
Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
CONTEXTO: A esquizofrenia é uma das mais intrigantes doenças psiquiátricas e, talvez por isso, a mais pesquisada, com grandes avanços sobre sua fisiopatologia no último século. OBJETIVO: Revisar os principais avanços na compreensão fisiopatológica da esquizofrenia. MÉTODO: Revisão da literatura para cada tópico proposto a partir de artigos levantados no Medline e/ou considerados importantes a partir da experiência dos autores. RESULTADOS: A hipótese dopaminérgica representa uma das primeiras teorias etiológicas e permanece até os dias atuais como uma das que apresenta evidências mais consistentes. No entanto, essa teoria falha em explicar a história natural, os prejuízos cognitivos e as alterações estruturais encontradas na esquizofrenia. A demonstração de estudos epidemiológicos de fatores de risco genéticos e ambientais, somados aos estudos neuropatológicos e de neuroimagem, sugerem um modelo interativo em que inúmeros fatores atuam conjuntamente para alterações mais globais do desenvolvimento cerebral. CONCLUSÃO: A compreensão fisiopatológica da esquizofrenia avançou bastante no último século, evoluindo de teorias etiológicas unicausais para modelos mais complexos que consideram a interação de inúmeros fatores genéticos e ambientais.
ASSUNTO(S)
esquizofrenia fisiopatologia hipótese dopaminérgica hipótese glutamatérgica neurodesenvolvimento