Fisiologia do crescimento em Hippeastrum hybridum cv. apple blosson : relações fonte - dreno

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1993

RESUMO

Com o objetivo de conhecer o particionamento da matéria seca em duas fases do ciclo de Hippeastrum hybridum cv. apple blossom através de índices fisiológicos de crescimento e metabolismo de carboidratos no orgão de reserva, foram montados dois ensaios: 1. crescimento de bulbilhos através de propagação pelo método de escama dupla, em estufim. Os resultados obtidos nesse ensaio permitem, dentre outras, as seguintes conclusões (i) ocorre transferência das reservas das escamas interna e externa para a formação do bulbilho, folhas e raízes em todos tratamentos, sendo que a escama externa cede mais material; (ii) numa primeira etapa (62 dias), nos três tratamentos, as reservas contidas na escama dupla são responsáveis pelo desenvolvimento do bulbilho. Na segunda etapa do processo de propagação tratamento notam-se diferenças entre os tratamentos. Os bulbilhos do tratamento luz mostraram intenso crescimento enquanto os bulbilhos mantidos no escuro acumularam matéria seca 48.5% menos quando comparado ao tratamento de luz. Os bulbilhos transferidos do escuro para a luz responderam rapidamente à condição de irradiância, e tiveram a taxa de acúmulo de matéria seca aumentada a partir dos 62 DAP. 2. crescimento de bulbos de um ano sob o efeito de sombreamento e plena irradiância, em casa de vegetação. Sob a óptica do particionamento da matéria seca, em dois níveis de irradiância, conclui-se que: (i) inicialmente o bulbo atua como fonte de assimilados, que resultam da mobilizatão das reservas do órgão subterrâneo; (ii) os resultados das análises dos teores de carboidratos nos bulbos permitem avançar algumas conclusões sobre a dinâmica das relações fonte: dreno das plantas, sendo que na fase fonte do orgio de reserva ocorreu intensa hidrólise, principamente de amido, e mobilização de açucares para os drenos em desenvolvimento; posteriormente esse fluxo foi revertido em tôrno dos 50 DAP para o tratamento plena luz e 76 DAP no tratamento sob sombrite 50% (iii) sob cultivo com baixos níveis de irradiância o crescimento do bulbo foi prejudicado, já que por um período, folhas e bulbo competiram por assimilados, como consequência das alterações no particionamento de matéria seca sob estas condições; (iv) Dos valores de RAF e AFE pode-se inferir que em ambos tratamentos houve uma fase de grande expansão foliar, como resultado do aumento de temperatura e grande demanda exercida pelas folhas, com valores maiores no tratamento sombrite 50%, para o estabelecimento do aparelho fotossintetizador

ASSUNTO(S)

fisiologia vegetal plantas - desenvolvimento

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