Fire normativities: environmental conservation and quilombola forms of life in the Brazilian savanna

AUTOR(ES)
FONTE

Vibrant, Virtual Braz. Anthr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/11/2019

RESUMO

Resumo O artigo busca deslocar a centralidade dispensada à ideia de “controle” no debate sobre manejos participativos do fogo. Para isso, aborda três modos de existência do fenômeno na savana brasileira - queimada, fogo que abre e fogo fora de tempo -, visando explorar as disparidades perceptivas entre os fogos desejados e indesejados junto a quilombolas e gestores ambientais na região do Jalapão (TO). Este problema é discutido à luz do conceito de normatividade, formulado pelo epistemólogo George Canguilhem e em diálogo com a antropologia das técnicas. O objetivo é contribuir para uma agenda de pesquisa na qual a distinção entre “fogo bom” e “fogo ruim” seja tematizada em contextos etnográficos específicos e não a partir de critérios normativos dados de antemão. Finalizo argumentando que as atuais políticas de manejo do fogo não incidem apenas no registro jurídico de autorização de queima, mas sobretudo na modulação de processos técnicos e processos vitais.Abstract The article seeks to shift away from the centrality attributed to the idea of ‘control’ in the debate on participatory fire management. To do so, it addresses three modes of existence of the phenomenon in the Brazilian savannah - queimada (burned place), fogos gerais (fire that spreads or general fires) and fogo fora do tempo (fire out of time) - aiming to explore the perceptual disparities between wanted and unwanted fires with quilombolas and environmental managers in the Jalapão region (Tocantins, Brazil). This problem is discussed in light of the concept of normativity formulated by the epistemologist George Canguilhem in dialogue with the anthropology of techniques. The goal is to contribute to a research agenda in which the distinction between ‘good fire’ and ‘bad fire’ is thematized in specific ethnographic contexts rather than from pre-given normative criteria. I conclude by arguing that the current fire management policies concern not only the legal protocol of fire authorization, but also the modulation of technical and vital processes.

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