FINNEGANS WAKE, DE JAMES JOYCE, É MUSISCRITURA
AUTOR(ES)
Ferreira, Luis Henrique Garcia; Fabbri, Renato
FONTE
Ilha Desterro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-04
RESUMO
Resumo Este paper propõe abordar as relações de Finnegans Wake com a música, especialmente com a música erudita eletroacústica, a qual se desenvolveu a partir da década de 1940. Não obstante, a predileção de Joyce pela música erudita tradicional, aqui desenvolve-se a hipótese de que a escrita experimental do modernista irlandês, mais do que aplicar formas típicas da música, criou um tipo específico de musiscritura e antecipou procedimentos que os compositores só conseguiram alcançar com o uso de fitas magnéticas e sintetizadores. Assim, pelo uso sistemático de trocadilhos multirreferenciais, justapostos em dezenas de línguas e dialetos, Joyce colocou-se à frente da vanguarda musical de sua época, a qual chegou à síntese aditiva de densas camadas sonoras apenas algumas décadas depois das publicações iniciais de partes da Work in Progress, ainda na década de 1920.
Documentos Relacionados
- A (im)possivel tradução de Finnegans Wake : uma investigação psicanalitica
- A VALORAÇÃO NAS SENTENÇAS COM ADJUNTOS MODAIS DO CONTO “GRACE”, DE JOYCE, E DE DUAS DE SUAS REINSTANCIAÇÕES PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL
- A MORTE E A NEVE: A TRADUÇÃO DE UMA RELAÇÃO INCONSPÍCUA EM “OS MORTOS”, DE JAMES JOYCE
- Surfando com James Joyce e Dorothy Lamour... Paisagens sonoras, imaginário polinésio e o processo composicional de Gilberto Mendes
- RETRATOS DO MISSIVISTA QUANDO JOVEM: FIGURAÇÕES DO ARTISTA MODERNO NA CORRESPONDÊNCIA AMOROSA DE JAMES JOYCE