Fibroplasia após implante de tela de polipropileno para correção de hérnia da parede abdominal em ratos
AUTOR(ES)
Vaz, Márcia, Krebs, Rodrigo Ketzer, Trindade, Eduardo Neubarth, Trindade, Manoel Roberto Maciel
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-02
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar o tempo de fibroplasia em tela de polipropileno na correção de hérnias incisionais da parede abdominal, em ratos, através da quantidade de colágeno, correlacionando-o com a resposta inflamatória local. MÉTODOS: Trinta e seis ratos machos da linhagem Wistar foram submetidos à ressecção longitudinal de um segmento músculo-aponeurótico e peritoneal (3x2 cm) da parede abdominal, seguida por reforço com tela de polipropileno, em forma de ponte sobre a aponeurose. Os animais foram distribuídos em seis grupos, de acordo com o tempo de fibroplasia a ser estudado (1, 2, 3, 7, 21 e 30 dias de pós-operatório). Após os prazos estabelecidos para estudo da fibroplasia, os animais foram submetidos à eutanásia, e a área de fixação da tela de polipropileno foi avaliada histologicamente quanto à reação inflamatória e à percentagem de colágeno pela técnica videomorfométrica assistida por computador. RESULTADOS: Houve aparecimento de colágeno total junto à tela no 3º dia pós-implante, com aumento progressivo na sua proporção em todos os dias subseqüentes até o 21º dia, quando atingiu sua proporção máxima (p<0,001). A partir do dia 3, o colágeno III sofreu um aumento progressivo até o dia 21, quando atingiu sua proporção máxima (p<0,001), e no 30º dia apresentou uma redução significativa (p<0,001). O colágeno tipo I surgiu entre o 7º e o 21º dia, apresentou sua máxima proporção no 21º dia e manteve-se inalterado até o final do período de observação. A relação colágeno tipo I/tipo III aumentou progressivamente e inverteu-se no 30º dia de observação (p<0,001). Os neutrófilos foram identificados no 1º dia pós-implante, mantendo-se junto à tela até o 21º dia. Os macrófagos, gigantócitos e linfócitos foram identificados no 2º dia. Trinta dias após a implantação da tela, desapareceram os neutrófilos e mantiveram-se estáveis as proporções de macrófagos, gigantócitos e linfócitos (p<0,001). CONCLUSÕES: Os resultados do presente estudo evidenciaram a presença de colágeno no 3º dia pós-implante, com predomínio do colágeno tipo I ao final do período de observação. O prolongamento da resposta inflamatória da cicatrização e a persistência do processo inflamatório crônico junto à tela não interferiram no tempo da fibroplasia.
ASSUNTO(S)
parede abdominal colágeno hérnia telas cirúrgicas polipropilenos neutrófilos ratos
Documentos Relacionados
- Avaliação do tempo de fibroplasia em tela de polipropileno na correção de hérnia incisional da parede abdominal : estudo experimental em ratos
- Tela de polipropileno sem tecelagem na correção de grandes defeitos da parede abdominal em ratos
- Análise ótica da parede abdominal pelo biospeckle após implante de prótese de polipropileno em ratos
- Correção de hérnia abdominal com tela envolta por tecido fibroso: estudo em ratos Wistar
- Uso da membrana amniótica como cobertura da cavidade abdominal na reconstrução da parede com tela de polipropileno em ratos