Fibromyalgia syndrome frequency in mothers of children with growing pain / Estudo das características epidemiológicas da dor de crescimento em crianças atendidas em unidade hospitalar do Distrito fFderal avaliação da fibromialgia materna como fator de risco.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Este estudo teve como objetivos avaliar a freqüência de fibromialgia em mães de crianças com dor de crescimento e sua provável associação em 153 crianças procedentes do ambulatório de Pediatria e Reumatologia Pediátrica do Hospital Universitário de Brasília, no período de fevereiro a setembro de 2005. Foram estudadas as características clínicas e epidemiológicas e avaliada a correlação entre enxaqueca materna e presença de dor de crescimento nessas crianças. Foram selecionadas 75 crianças que inicialmente preenchiam critérios para dor de crescimento e 78 sem queixas de dor, com idade entre 2 e 12 anos e 11 meses. O estudo consistiu de um questionário sobre as queixas dolorosas e suas características, exame físico geral e ortopédico, avaliação laboratorial de todas as crianças e exame clínico de todas as mães. Com relação às características clínicas das crianças com dor de crescimento, foi observado que a dor foi mais freqüente nas pernas (56,9%), durante o período noturno (39%) e na faixa etária entre 6 e 9 anos. Foram considerados como fatores desencadeantes mais freqüentes o frio (52,9%) e o exercício físico (42,2%) e como fatores de alívio as massagens (43,9%) e uso de pomadas (24,3%). Das 75 crianças com diagnóstico inicial de dor de crescimento, 5 apresentaram resultados alterados da velocidade de hemossedimentação (VHS) e 1 apresentou fator antinuclear positivo (FAN+), sendo então excluídas do estudo. Das 78 crianças sem queixas de dor, 7 apresentaram resultados alterados do VHS e uma com FAN+, sendo também excluídas do estudo. Do total 139 crianças, 69 apresentavam dor de crescimento (grupo estudo) e 70 não apresentavam queixas dolorosas (grupo controle). Dosagens de hemoglobina e de ferritina sérica foram realizadas em todas as crianças e não foi observada correlação estatística entre os valores encontrados e a dor de crescimento. A fibromialgia foi encontrada em 10 (14,5%) mães de crianças do grupo estudo e em 17 (24,3%) mães de crianças do grupo controle. Não foi constatadas correlação estatística (p = 0,1445) entre fibromialgia materna e dor de crescimento. A freqüência da enxaqueca materna foi de 29% no grupo estudo e de 35,7% no grupo controle. Também não foi observadas correlação estatística (p = 0,3966) entre enxaqueca materna e dor de crescimento. Concluímos que a fibromialgia materna não representou fator de risco para este grupo de crianças, que a freqüência de mães com enxaqueca foi maior no grupo controle e que as características clinicas, laboratoriais e epidemiológicas das crianças com dor de crescimento foram similares às encontradas na literatura.

ASSUNTO(S)

criança dor de crescimento fibromialgia-freqüência fibromialgia- crianças - distrito federal (brasil) mothers growing pains medicina fibromyalgia

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