Fertilidade e fecundidade em uma amostra de pacientes ambulatoriais com esquizofrenia
AUTOR(ES)
Terzian, Angela Cristina Cesar, Andreoli, Sérgio Baxter, Razzouk, Denise, Chaves, Ana Cristina, Mari, Jair de Jesus
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
14/11/2006
RESUMO
OBJETIVO: Determinar as taxas de reprodução de pacientes com esquizofrenia em uma clínica de atendimento ambulatorial da Universidade Federal de São Paulo. MÉTODO: Todos os pacientes com diagnóstico de esquizofrenia preencheram um questionário semi-padronizado. Dados do censo Brasileiro foram utilizados para comparação com taxas populacionais. RESULTADOS: 167 pacientes completaram o questionário, dos quais 33 (19,8%) foram alguma vez casados e 32 tiveram filhos. A taxa de fertilidade (indivíduos que tiveram ao menos um filho pelo total de indivíduos) foi de 19,4% (15,8% para homens, 25% para mulheres, p = 0,14). A taxa de fecundidade foi de 1,75 para homens e 1,69 para mulheres (p = 0,85). Análise de regressão logística identificou associação entre idade de início da doença mais tardio com maior taxa de casamento (p = 0,003). Gênero e interação entre gênero e situação conjugal foram significantes preditores para fertilidade (p < 0,05 e p = 0,024; respectivamente). CONCLUSÕES: Pacientes com esquizofrenia mostraram menores taxas de casamento, fertilidade e fecundidade quando comparados com taxas populacionais. Contudo, muitos pacientes com esquizofrenia terão filhos durante a vida e há carência de serviços de saúde que atendam às necessidades destes indivíduos, principalmente no Brasil, um país de renda média, onde os recursos são escassos e não existem políticas que abordem esta realidade.
ASSUNTO(S)
esquizofrenia comportamento reprodutivo fertilidade identidade de gênero pacientes ambulatoriais
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