Feminicídios: estudo em capitais e municípios brasileiros de grande porte populacional
AUTOR(ES)
Meneghel, Stela Nazareth, Rosa, Bruna Alexandra Rocha da, Ceccon, Roger Flores, Hirakata, Vania Naomi, Danilevicz, Ian Meneghel
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-09
RESUMO
Resumo Este estudo objetiva analisar a relação entre feminicídios e indicadores socioeconômicos, demográficos, de acesso e saúde em capitais e municípios brasileiros de grande porte populacional. Trata-se de um estudo ecológico que utilizou o coeficiente médio padronizado da mortalidade feminina por agressão como marcador de feminicídio nos triênios de 2007-2009 e 2011-2013. Para a análise estatística foi utilizado o teste de Correlação de Pearson entre o desfecho e 17 variáveis independentes, e as que apresentaram significância estatística (p < 0,05) foram introduzidas em um modelo de regressão linear multivariada, método Backward. No primeiro triênio a taxa média de feminicídio foi de 4,5 óbitos por 100 mil mulheres, e no segundo período foi de 4,9/100 mil. Pobreza (β = -0,330; p = 0,006), pentecostalismo (β = 0,237; p = 0,002) e mortalidade masculina por agressão (β = 0,841; p = 0,000) estiveram associados aos feminicídios. A associação negativa entre pobreza e mortes femininas indica uma relação paradoxal, na medida em que as mulheres que morrem nas regiões mais ricas são pobres em sua maioria. Ainda, encontrou-se relação entre violência de gênero, fundamentalismos e violência urbana.
ASSUNTO(S)
homicídio mulheres gênero violência contra a mulher
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