Fazer visíveis as perdas: Morte, memória e cultura material

AUTOR(ES)
FONTE

Tempo soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-04

RESUMO

RESUMO Nosso objetivo é analisar as ações e as práticas culturais pelas quais os sujeitos reconstroem suas memórias em contextos de violência. Identificar os usos políticos da memória como resistência política nos espaços do cotidiano, do íntimo, familiar ou comunitário. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que o método usado foi o estudo de caso por seu foco no particular e por abordar o significado de uma experiência com base em análise sistemática de um mesmo fenômeno. Identificamos quatro experiências de criação de "altares espontâneos" na cidade de Medellín, na Colômbia. Optamos pelas micro-histórias para compreender o sentido político do retorno ao cotidiano após enfrentar situações de violência. Os "altares espontâneos" são rituais de luto no espaço público, criados como resposta diante de mortes consideradas injustas. São formas de ação política não institucional, que têm como objetivo chamar a atenção para o que aconteceu, expressar sua indignação e evitar que aconteça de novo. Nos casos estudados constatamos que na criação dos altares expressa-se uma narrativa de luto que reivindica o reconhecimento da perda.

ASSUNTO(S)

altares espontâneos narrativas de luto resistência violência medellín - colômbia

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