Fauna de mosquitos (Diptera: Culicidae) em parques da cidade de São Paulo, Brasil
AUTOR(ES)
Paula, Marcia Bicudo de, Fernandes, Aristides, Medeiros-Sousa, Antônio Ralph, Ceretti-Júnior, Walter, Christe, Rafael, Stroebel, Regina Claudia, Pedrosa, Leila, Almeida, Rosa Maria Marques de Sá, Carvalho, Gabriela Cristina de, Pereira, Uellinton Damasceno, Jacintho, Marcelo Cassiano de Oliveira, Natal, Delsio, Marrelli, Mauro Toledo
FONTE
Biota Neotrop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
15/09/2015
RESUMO
Em São Paulo os parques municipais preservam resquícios da vegetação de Mata Atlântica, comportam lagos e nascentes, servem de abrigos para mamíferos, aves e artrópodes vetores. São frequentados pela população humana como ambientes de lazer. A zona Leste da cidade possui o maior índice populacional de habitantes e 24 parques municipais. O objetivo deste trabalho foi conhecer a fauna de Culicidae de dois parques da zona Leste da cidade e avaliar a presença de espécies potencialmente bioindicadoras e vetoras de patógenos ao homem. Foram feitas coletas mensais de culicídeos entre março de 2011 a fevereiro de 2012 no Parque do Carmo e no Parque Chico Mendes, com aspiradores elétricos, armadilhas de Shannon e CDC para mosquitos adultos e concha entomológica e bombas manuais de sucção para os imaturos. Para verificar a suficiência amostral foram construídas curvas de acúmulo de espécies por amostragem e a riqueza total foi estimada pelo método Jackknife 1, ambos gerados pelo programa EstimateS. No parque do Carmo foram coletados 1.092 culicídeos, distribuídos em nove gêneros (Aedes, Anopheles, Coquillettidia, Culex, Limatus, Mansonia, Trichoprosopon, Toxorhynchites e Uranotaenia), distribuídos em 19 unidades taxonômicas. Coquillettidia venezuelensis(Theobald 1912), Aedes scapularis (Rondani 1848)e Culex (Culex) spp. Linnaeus 1758 foram os adultos mais abundantes e Culex (Melanoconion) spp. Theobald 1903 e Anopheles strodei Root 1926 os imaturos. No Parque Chico Mendes obteve-se 4.487 mosquitos, distribuídos em seis gêneros e 18 unidades taxonômicas. Culex (Cux.) spp. e Ae. scapularis foram os mais abundantes dos adultos e Ae. albopictus (Skuse 1984) dos imaturos. As curvas de acúmulo de espécies por amostragem em ambos os parques chegaram próximas è assíntota e a estimativa de riqueza total mostrou-se próxima è riqueza observada. Alguns táxons de culicídeos são bioindicadores das condições ambientais dos locais onde vivem, portanto é necessário acompanhar a fauna nativa dos parques municipais porque várias espécies encontradas têm mostrado competência e capacidade para veicular patógenos e arbovírus.
ASSUNTO(S)
diversidade mosquitos culicídeos parques municipais
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