Fatores indicativos de risco de quedas em pacientes idosos com demência irreversível

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Introdução: Quedas em pacientes idosos com demência irreversível é um evento frequente e limitante, sendo considerado um marcador de fragilidade, morte, institucionalização e de declínio na saúde e capacidade de idosos. Métodos: O presente estudo objetivou traçar os fatores indicativos de risco de quedas em idosos com demência irreversível. Trata-se de um estudo transversal, em uma amostra de 100 idosos (60 anos), com diagnóstico médico de demência irreversível comprovados por exame de imagem e Mini Exame do Estado Mental. A avaliação de equilíbrio foi avaliada através do Teste de Equilíbrio de Berg e Timed Up and Go. Resultados: O presente trabalho mostra uma considerável prevalência da necessidade de cuidados para evitar quedas na população idosa com demência irreversível, pelo significante risco de quedas progressivo com o resultado da baixa pontuação no Mini Exame de Estado Mental. Pacientes com maior dependência para suas atividades de vida diária apresentam maior risco de quedas que as com independência parcial e do que as independentes respectivamente. O avançar da idade representa aumento de riscos de acidentes ocasionais assim como ser hipertenso. Ter sido um caidor no último ano é um fator contribuinte para recidivas. A escolaridade, dislipidemia, diabete mellitus e dormências ou parestesias em membros superiores ou inferiores, Índice de Massa Corporal, dor, sexo, peso, altura e circunferência abominal, número de medicações, tabagismo foram fatores que não interferiram no risco de quedas em nosso estudo. Conclusão: A interpretação dos resultados encontrados permite sugerir que, em indivíduos com demência irreversível, medidas de prevenção, proteção e reabilitação devem incluir estimulação motora e cognitiva principalmente com exercícios rotacionais por ser seu maior déficit em relação ao equilíbrio e ao risco de quedas. Além disso, manter o idoso com demência irreversível o mais independente possível contribui para diminuir sua chance de cair. Os achados deste estudo contribuem para estimular outros estudos que visem a analisar os mecanismos pelos quais o declínio cognitivo e o nível de capacidade física, interfere no risco de quedas.

ASSUNTO(S)

medicina gerontologia envelhecimento idosos geriatria demÊncia

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