Fatores geoecológicos das diferentes formações de cerrados - uma hipótese baseada em abundância natural de 13C e fotografia aérea

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ciência do Solo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-10

RESUMO

A abundância natural de 13C foi utilizada para estudar a dinâmica de carbono em latossolos de textura média e argilosa após plantação de pastagens (Brachiaria decumbens) e reflorestamentos (Pinus caribaea e Eucalyptus citriodora). Considerando as diferenças de d13C nos subsolos das savanas nativas e das espécies introduzidas, pôde-se calcular a substituição de carbono somente para os solos argilosos, baseando-se em resultados publicados de d13C em solos adjacentes. Estimou-se que somente 5 % do carbono nativo foram substituidos após 20 anos de plantação com pinus na camada de 0-1,2 m, ficando a substituição restrita aos primeiros 0,4 m do solo. Na pastagem de 12 anos, 21 % do carbono novo foram introduzidos na camada de de 0-1,2 m, sendo a substituição diminuída gradativamente pelo perfil inteiro. De acordo com os altos valores de d13C nos subsolos das áreas cultivadas, levantou-se a hipótese de que a vegetação natural teria sido de campo limpo em vez de cerrado stricto sensu apesar da semelhança dos solos e da proximidade dos sítios estudados. A hipótese foi testada com fotos aéreas de 1964, mostrando que as áreas cultivadas encontravam-se numa cabeceira de escoamento ressecada. Portanto, a vegetação dominada por gramíneas pode ter sido induzida pela hidromorfia e pela baixa aeração do solo. Com base nessas observações, desenvolveu-se um modelo simplificado, atribuindo às diferentes formações de cerrados o acesso de água para as plantas e a aeração do solo. A fertilidade do solo foi considerada de menor importância porque a densidade arbórea das áreas de cerrados encontrava-se independente da textura ou do nível de nutrientes dos solos.

ASSUNTO(S)

formações de cerrados abundância natural de 13c hidromorfia latossólos fertilidade do solo manejo do solo

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