Fatores de sucesso em endodontia : analise retrospectiva de 2.000 casos clinicos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Este trabalho retrospectivo avaliou a porcentagem de sucesso / insucesso de 15.617 tratamentos e retratamentos endodônticos realizados em 8.590 pacientes atendidos no consultório particular entre março de 1971 a março de 2000. O mínimo de 18 meses entre o tratamento e o controle era necessário para que o caso pudesse ser incluído nesta pesquisa. Os controles clínico-radiográficos foram realizados nos pacientes que nos prazos pré-determinados retomavam ao consultório para fazer a proservação ou quando quando havia necessidade de submeter-se a uma nova terapia endodôntica, ocasião em que os controles dos dentes já tratados eram feitos. No exame clínico, realizado pelo operador, eram observadas as presenças ou ausências de sinais ou sintomas, e obtida a radiografia de controle. As radiografias tiradas durante o tratamento e de controle foram analisadas por dois observadores independentes, sendo que o primeiro analisou as radiografias pelo menos duas vezes com um intervalo de 3 meses e o segundo observador analisou as radiografias no final do trabalho. Na ausência de concordância entre os observadores, os casos foram discutidos em conjunto até se chegar a um consenso. O tratamento endodôntico foi considerado sucesso quando as seguintes condições eram encontradas: ausência de sinais e sintomas clínicos e radiograficamente, ausência de lesão óssea ou reparo de uma pré-existente. Os dados obtidos foram transformados em porcentagem e examinados estatisticamente usando o teste qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher. Entre os vários fatores que pudessem interferir no índice de sucesso / insucesso, 5 fatores foram analisados: estados pulpar e peri-radicular, modalidade de tratamentos, número de sessões operatórias e nível apical de obturação. A média geral de sucesso foi de 91,45%, considerando os tratamentos e retratamentos endodônticos realizados. Dos fatores analisados, a condição pulpar (polpa com vitalidade), da região peri-radicular (ausência de lesão), modalidade de intervenção (convencional), número de sessões (sessão única) e nível apical de obturação (aquém ápice) apresentaram índices de sucesso estatisticamente maiores do que polpas sem vitalidade, com lesão, retratamento, sessões múltiplas e obturações no limite radiográfico ou além ápice

ASSUNTO(S)

doenças periapicais canal radicular - tratamento

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