Fatores de riscos cardiovasculares em adolescentes da cidade do Natal-RN

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/11/2011

RESUMO

Estudos têm demonstrado elevada prevalência de fatores de risco cardiovascular em adolescentes a redor do mundo, entretanto, é possível que esses fatores de risco se comportem de modo diferente em diferentes localidades. Objetivos: Examinar a prevalência do sobrepeso/obesidade e sua associação com outros fatores de risco cardiovasculares, em adolescentes, da cidade do Natal-Brasil. Métodos: Estudo observacional de delineamento transversal, realizado em 626 adolescentes (10 a 19 anos) de ambos os sexos. Foram estudadas as variáveis: peso, idade, gênero, cor, escolaridade, renda familiar, hábitos de vida, história familiar, peso, estatura, índice de massa corporal, relação cintura/quadril, pressão arterial, perfil lipídico, Glicose e Insulina de jejum e pós Dextrosol. Resultados: Foram avaliados 273 (43,6%) adolescentes do sexo masculino e 353 (56,4%) feminino. 26,4% dos adolescentes apresentaram sobrepeso/obesidade. A presença de obesidade familiar foi relatada por mais de 30 % da nossa amostra. Na análise de regressão logística múltipla; Idade, renda familiar, percentil de pressão sistólica, história familiar de hipertensão e obesidade, triglicerídeos, HDL colesterol, e HOMA RI mostraram-se associados com sobrepeso/obesidade. A relação cintura quadril apresentou-se mais elevada nas mulheres, e encontramos 10,9 % dos adolescentes com percentil de pressão sistólica (PAS) 95, e 7,4 % com percentil de pressão diastólica (PAD) 95. As dosagens de triglicerídeos, colesterol HDL e HOMA-RI alterados foram mais prevalentes nos que apresentavam IMC aumentado. As alterações do xi colesterol total, triglicerídios, glicemia pós dextrosol e HOMA teste, tiveram maior prevalência no gênero feminino. Na regressão logística binária, foram observadas associações do sobrepeso / obesidade com idade; OR 0,85, IC de 95% (0,78-0,92); p<0,001, pressão arterial sistólica; OR 2,65, IC de 95% (1,18- 5,94); p<0,020, renda familiar; OR 2,34, IC de 95% (1,53-3,58); p<0,001, história familiar de hipertensão arterial; OR 1,76, IC de 95% (1,15-2,71); p<0,009, história familiar de obesidade; OR 1,50, IC de 95% (1,09-2,27); p<0,04, aumento dos trigliceridios; OR 2,74, IC de 95% (1,69-4,43); p<0,001, redução do colesterol; HDL OR 0,58, IC de 95% (0,38-0,87); p<0,009 e o aumento do HOMA OR 3,16, IC de 95% (1,64 - 6,02); p<0,001. Conclusão: A prevalência de fatores de risco cardiovascular em Natal Brasil se constitui em grave problema de saúde pública, atingindo níveis que se igualam ou até superam os de outras cidades tanto no Brasil, como em outros países

ASSUNTO(S)

adolescente fatores de risco cardiovascular diabete obesidade hipertensão arterial dislipidemias ciencias da saude

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