Fatores de risco pré-operatórios para lesão renal aguda após transplante hepático: resultados de um estudo transversal no Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-03

RESUMO

RESUMO CONTEXTO: Lesão renal aguda (LRA) é uma complicação comum no pós-operatório imediato do transplante hepático. OBJETIVO: O objetivo foi avaliar os fatores de risco pré-operatórios para LRA após o transplante hepático. MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com adultos submetidos a transplante hepático ortotópico em um hospital de referência em Fortaleza, Nordeste do Brasil, de janeiro a dezembro de 2016. Foram avaliados os fatores de risco pré-operatórios para o desenvolvimento de LRA no pós-operatório. LRA foi definida de acordo com os critérios do Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO). RESULTADOS: Foram incluídos 40 pacientes no estudo. LRA foi encontrada em 85% dos casos nas primeiras 24 horas após o transplante, sendo a maioria deles (40%) classificados no estágio KDIGO 1. Os dados pré-operatórios indicaram que os níveis séricos de albumina eram menores nos pacientes no estágio KDIGO 3, em comparação com o grupo sem LRA, bem como os níveis de hematócrito. Os níveis de bilirrubina direta (BD) eram maiores nos pacientes no estágio KDIGO 3 em comparação ao grupo sem LRA, bem como os níveis de fosfatase alcalina (FA) e gama-glutamiltransferase (GGT). Em um modelo de regressão logística, os fatores de risco independentes para LRA foram: níveis elevados de FA, GGT e BD e níveis reduzidos de albumina. CONCLUSÃO: Níveis reduzidos de albumina sérica, e níveis elevados de BD, FA e GGT no período pré-operatório são fatores de risco para o desenvolvimento de LRA após o transplante hepático.

ASSUNTO(S)

transplante de fígado lesão renal aguda fatores de risco prognóstico

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